Vendas da Nestlé Portugal sobem 4,7% em 2016 para 480 milhões de euros
No mercado nacional, as vendas totalizaram 398 milhões de euros, uma subida de 3,5%. Resultados foram apresentados hoje.
As vendas da Nestlé Portugal subiram 4,7% em 2016, face a 2015, para 480 milhões de euros, com o diretor-geral a destacar o “crescimento superior” ao do grupo, sendo um ano “muito positivo” para a subsidiária portuguesa.
“Foi um ano muito positivo para a Nestlé em Portugal”, afirmou Jordi Llach, na apresentação de resultados da empresa, salientando que a subsidiária portuguesa, que cresceu mais que o grupo (3,2%), recebeu um prémio pelo seu desempenho.
“O ano foi bom para todas as categorias, em geral”, salientou.
A Nestlé Portugal teve um total de vendas de 480 milhões de euros e um crescimento orgânico (evolução das vendas, excluindo as exportações para as sociedades aliadas) de 4,7%.
No mercado nacional, as vendas totalizaram 398 milhões de euros, uma subida de 3,5%.
O diretor-geral avançou que a Nestlé Portugal está a negociar trazer um investimento do grupo suíço para Portugal, mas não adiantou mais detalhes, referindo que a decisão será conhecida “antes do verão”.
Em termos de exportações, a Nestlé Portugal manteve a sua faturação com o exterior nos 17%, registando um valor de 82 milhões de euros.
Os produtos exportados pelo grupo tiveram como destino 37 países, sendo que 72% das exportações ficaram concentradas em 10 países: Angola, Cabo Verdade, Espanha, França, Grécia, Itália, Roménia, Rússia, Suécia e Ucrânia.
A Europa absorveu quase dois terços (63%) do total exportado e África 18%.
Segundo o responsável, 2016 “não foi um ano fácil para países onde Portugal tradicionalmente exporta, nomeadamente Angola”.
“Aí tivemos uma surpresa negativa” que foi compensada com as exportações para a Europa, acrescentou Jordi Llach.
As exportações baixaram “um bocado na nutrição infantil e subiram nos cafés”, acrescentou.
No ano passado, a Nestlé investiu 15 milhões de euros em Portugal, dos quais 5,4 milhões de euros na melhoria das três fábricas existentes no país.
Para este ano, Jordi Llach admitiu que o investimento “tenha um valor diferente” do ano passado, entre nove a dez milhões de euros.
“Estamos cada vez mais habituados a gerir os anos de forma mais dinâmica. Este ano não vamos ter o mesmo nível dos outros”, referiu o diretor-geral, na conferência de imprensa.
Jordi Llach destacou o desempenho da fábrica do Porto de Cafés Torrados, que “é mais uma alavanca de crescimento” e onde “todos os anos” a empresa está investir em tecnologia e “está a correr bem” e também do negócio das cápsulas de café, onde a Nestlé Portugal está “a aproveitar o ‘trend’ [tendência] do mercado”.
A subsidiária portuguesa concentrou nos seus fornecedores portugueses 71% das suas compras, num total de 120 milhões de euros, sendo que mais de um terço (35%) das matérias-primas, 91% do material de embalagem e 92% dos serviços necessários às operações foram de âmbito nacional.
No triénio 2014-2016, a Nestlé Portugal criou 782 oportunidades de trabalho para jovens, sendo que 328 foram estágios e 454 contratos de trabalho.
Questionado pelo impacto da taxa do açúcar, o diretor-geral da Nestlé Portugal disse que inicialmente afetou alguns produtos vendidos nas máquinas automáticas, mas que entretanto já foram “eliminados”.
Sobre a taxa propriamente dita, Jordi Llach afirmou: “Gostaria de ter tido mais diálogo, mais informação com a indústria”.
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