Cerca de 5.000 maquinistas em greve no Reino Unido
Greve pode repetir-se em 13 de agosto se não houver acordo. Trabalhadores exigem aumentos salariais e melhores condições de trabalho.
Cerca de 5.000 maquinistas de sete empresas ferroviárias estão neste sábado em greve no Reino Unido para exigirem aumentos salariais e melhores condições de trabalho à semelhança de outras greves realizadas ao longo do mês por outros profissionais das empresas.
A greve de hoje, que se pode repetir em 13 de agosto se não houver acordo, foi convocada pelo sindicato Aslef, que representa os maquinistas. Na última quarta-feira, cerca de 40.000 funcionários da rede ferroviária estatal e de outras 14 empresas fizeram greve organizada pela RMT.
No Reino Unido o serviço de comboios é privatizado e operado por várias empresas em franquias e concessões, enquanto a Network Rail mantém as linhas e algumas infraestruturas.
A paralisação de 24 horas dos maquinistas afeta os serviços em muitas zonas, principalmente na Inglaterra, e dificulta o acesso, entre outros eventos, aos Jogos da Commonwealth, que se realizam em Birmingham, no centro.
As relações entre o Governo – que não negoceia, mas influencia no que as empresas podem fazer – e os sindicatos pioraram depois do secretário-geral do Aslef, Mick Whelan, ter acusado hoje o ministro dos transportes, Grant Shapps, de “mentir” sobre a evolução das negociações.
Grant Shapps condenou repetidamente as greves e criticou, num artigo no jornal The Times, a RMT por estar a “obstruir a reforma e a Aslef a retardar as negociações”.
O presidente da associação de empresas ferroviárias Rail Delivery Group, Steve Montgomery, disse hoje, por sua vez, que os trabalhadores devem aceitar que o sistema de trabalho se modernize, sobretudo para “responder às enormes mudanças de hábitos de viagem, depois da pandemia”.
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