Rendimento real ‘per capita’ das famílias cai 1,1% na OCDE até março
O declínio do rendimento real 'per capita' das famílias contrasta com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) real por pessoa, que cresceu 0,2% no primeiro trimestre.
O rendimento real ‘per capita’ das famílias diminuiu 1,1% na OCDE no primeiro trimestre deste ano, devido em parte a aumentos dos preços do consumidor, que “minaram o rendimento das famílias em termos reais”, foi anunciado nesta quinta-feira.
Num comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) afirma que o declínio do rendimento real ‘per capita’ das famílias contrasta com a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) real ‘per capita’ (por pessoa), que cresceu 0,2% no primeiro trimestre.
Este foi o quarto trimestre consecutivo que o PIB ‘per capita’ ultrapassou o rendimento familiar ‘per capita’, reduzindo a diferença observada no início da pandemia.
O rendimento das famílias é agora 2,9% mais elevado do que era no quarto trimestre de 2019, enquanto o PIB real é 1,6% mais elevado.
Entre as economias do G7, o impacto da inflação sobre as famílias no primeiro trimestre foi particularmente claro em França, onde o rendimento familiar real ‘per capita’ caiu 1,9% e na Alemanha, onde caiu 1,7%.
Noutras partes da Europa, a elevada inflação doméstica também contribuiu para grandes quedas em termos reais do rendimento familiar ‘per capita’ como na Áustria (menos 5,5%) e em Espanha (menos 4,1%).
Entre os países do G7, o Canadá registou o maior crescimento do rendimento familiar real ‘per capita’ no primeiro trimestre de 2022, com uma subida de 1,5%, devido principalmente ao crescimento na “remuneração dos empregados” (salários e vencimentos dos empregados e contribuições sociais dos empregadores), que aumentaram 3,8% em termos nominais no primeiro trimestre de 2022.
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