Petróleo cai 3% após economia chinesa desacelerar inesperadamente

Matéria-prima está a cotar abaixo dos 90 dólares, com investidores preocupados com uma quebra na procura por parte da China.

Os preços do petróleo estão a cair cerca de 4% esta segunda-feira, depois de serem conhecidos os fracos dados económicos da China, que levantaram preocupações junto dos investidores quanto à procura por matéria-prima pelo maior importador do mundo. Isto depois de o maior exportador do mundo, a Saudi Aramco, ter afirmado estar pronta para reforçar a oferta.

Às 10h34 de Lisboa, o barril de Brent, cotado em Londres e que serve de referência às importações nacionais, está a desvalorizar 3,31% para 94,90 dólares, enquanto o WTI, cotado em Nova Iorque, recua 3,44% para 88,92 dólares.

A economia da China desacelerou inesperadamente em julho, enquanto a produção das refinarias caiu para 12,53 milhões de barris por dia, o número mais baixo desde março de 2020, de acordo com dados do Governo chinês, citados pela Reuters (conteúdo em inglês, acesso pago).

“Os dados oficiais sugerem que a procura por petróleo está a enfraquecer, à medida que a logística doméstica e a procura do consumidor são dissuadidas pelos preços recordes nas bombas”, diz Heron Lin, economista da Moody’s Analytics, citado pela agência de notícias.

A procura por ouro negro poderá continuar numa tendência de baixa durante o resto do ano, uma vez que a ameaça das restrições à Covid incentiva a economia a ser mais cautelosa e reduz o consumo de petróleo, acrescentou o especialista.

Enquanto isso, a Saudi Aramco disse estar pronta para aumentar a produção de petróleo bruto para a sua capacidade máxima de 12 milhões de barris por dia, se tal for pedido pelo Governo da Arábia Saudita, disse o presidente-executivo, Amin Nasser, este domingo, no dia em que a petrolífera anunciou lucros recordes de 48,4 mil milhões de euros no segundo trimestre.

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