Dívida total do SNS a fornecedores em máximos de oito anos
Dívida total das entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) subiu para 2,3 mil milhões de euros em junho. Dívida vencida representa 59,4% do total.
A dívida total do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a fornecedores externos ascende a 2,3 mil milhões de euros em junho, o valor mais alto dos últimos oito anos, avança o Público (acesso pago), citando dados do Portal do SNS.
Incluídos na dívida total estão os valores de compromissos assumidos cujos prazos de pagamento ainda decorrem e a dívida vencida — aquela em que os prazos de pagamento já foram ultrapassados e que representa 59,4% do total. Contudo, este peso já foi maior, uma vez que, em fevereiro de 2018, se fixava em 70,3% da dívida global (nesse mês registou-se uma dívida total de 2,2 mil milhões de euros).
Em declarações ao Público, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) diz que os valores da dívida total de junho “não integram o impacto das receitas previstas” no Orçamento do Estado. “Com a aplicação do OE2022, em julho foram atualizados em cerca de 292,8 milhões de euros os montantes transferidos para as entidades do SNS, prevendo-se que este reforço financeiro se reflita na diminuição da dívida total a julho“.
Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH), aponta vários fatores para este aumento da dívida, tais como a maior atividade assistencial e a subida dos custos de produção.
O ECO questionou o Ministério das Finanças para perceber quais as razões para este aumento da dívida, tendo em conta que as receitas estão acima do valor orçamentado, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
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