Sonae: vendas e lucros sobem

A empresa liderada por Ângelo Paupério e Paulo Azevedo registou um crescimento nas vendas de 7,2% para os 5.376 milhões de euros. Grupo investiu perto de 500 milhões de euros.

O exercício de 2016 foi positivo para a Sonae, pelo menos a avaliar pelos resultados apresentados esta quinta-feira à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM): os lucros e as vendas aumentaram e a dívida reduziu-se. A empresa co-liderada por Ângelo Paupério e Paulo Azevedo registou lucros de 215 milhões de euros, em 2016, um crescimento de 22,7% face ao exercício do ano anterior. Estes resultados superam as estimativas dos analistas do Barclays, Caixa BI e Fidentis.

A empresa imputa o aumento dos lucros “ao crescimento das vendas, à melhoria da rentabilidade operacional, à redução da dívida líquida, aos menores custos financeiros e à valorização de ativos”.

O volume de negócios do grupo atingiu os 5.376 milhões de euros, um crescimento de 7,2% “beneficiando do desempenho dos negócios de retalho”.

Em termos consolidados, o underlying EBITDA da Sonae foi de 320 milhões de euros, uma diminuição de 3,3% face a 2015. Já o EBITDA totalizou os 416 milhões de euros, mais 23 milhões do que no ano anterior. Em comunicado, a Sonae diz que este valor traduz “o crescimento da rentabilidade da Sonae SR, tanto da Worten como da divisão de Sports and Fashion, o investimento em preço e na expansão do parque de lojas da Sonae MC e a contribuição positiva da rubrica de itens não recorrentes, nomeadamente os ganhos de capital em operações de sale and leaseback“.

O resultado direto aumentou 15,9% para os 148 milhões de euros. Já o resultado indireto atingiu os 74 milhões de euros.

A Sonae investiu durante o ano de 2016, um total de 437 milhões de euros, mais 137 milhões de euros do que no período homólogo. A expansão de lojas da unidade de retalho alimentar (Sonae MC), a aquisição da Salsa pela Sonae SR (que agrega os negócios de retalho especializado) e as aquisições na área de tecnologia (InovRetail e a Armiliar Ventures Partners) por parte da Sonae IM (unidade de gestão de investimentos) estão na base do maior investimento realizado pelo grupo da Maia.

A dívida total do grupo, a exemplo do que tem acontecido nos últimos exercícios, reduziu-se em 78 milhões de euros, ou seja 6%, para os 1.215 milhões de euros. A Sonae em 2016, refinanciou mais de 1.125 milhões de euros dos quais 775 milhões de euros em linhas de longo prazo e 350 milhões de euros em linhas de curto prazo.

O grupo Sonae fechou o ano de 2016 com mais de 40 mil colaboradores, tendo ao longo do ano criado mais de dois mil postos de trabalho.

"O ano de 2016 foi um ano de significativo progresso no desenvolvimento da estratégia corporativa e das diferentes áreas de atividade, com resultados muito relevantes em termos de crescimento e reforço das posições competitivas dos principais negócios.”

Ângelo Paupério

Co-CEO da Sonae

Para Ângelo Paupério, co-CEO da Sonae, citado em comunicado, “o ano de 2016 foi um ano de significativo progresso no desenvolvimento da estratégia corporativa e das diferentes áreas de atividade, com resultados muito relevantes em termos de crescimento e reforço das posições competitivas dos principais negócios”.

Paupério adianta: “Evoluímos para uma organização com unidades de negócio mais autónomas, mais ágeis e focadas, capazes de melhor responder à velocidade de mudança dos mercados em que atuam“.

Análise setorial

Em termos de análise de negócio, no retalho alimentar, a Sonae MC, atingiu os 3.687 milhões de euros, um aumento de 5,6% face a 2015. No ano passado, a empresa abriu um hipermercado Continente, 25 Continente Bom Dia e 77 lojas Meu Super.

No retalho especializado, a Sonae SR, ultrapassou os 1.438 milhões de euros em termos de volume de negócios, um crescimento de 11,1% face ao exercício anterior, suportado pela Worten e pela divisão Sports and Fashion (divisão que integra a Sport Zone, MO, Zippy, Berg, Outdoor, Deeply, Salsa e Losan).

A Sonae IM, unidade de gestão de investimentos, obteve um volume de negócios de 117 milhões de euros, um aumento de 1,6% face a 2015.

A Sonae Sierra e a NOS já tinham apresentado resultados anteriormente.

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