União Europeia prepara-se para travar entrada de cidadãos russos

  • ECO
  • 28 Agosto 2022

Reunião de ministros dos negócios estrangeiros em Praga deverá preparar suspensão total de acordo de 2017 que facilitava a atribuição de vistos a cidadãos russos.

Os ministros dos negócios estrangeiros deverão aprovar esta semana a suspensão do acordo sobre a facilitação da emissão de vistos assinado com Moscovo em 2007, avança o Financial Times. A medida irá dificultar a entrada no espaço Schengen de cidadãos russos, incluindo turistas.

Segundo disseram à publicação britânica pessoas envolvidas no processo, os ministros pretendem dar suporte político à suspensão numa reunião de dois dias que tem início terça-feira, em Praga.

Países como a República Checa e a Polónia deixaram de emitir vistos pouco depois da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro. A Estónia proibiu a entrada de cidadãos russos a partir de dia 18 de agosto, incluindo turistas, desportistas ou viajantes em negócios. Paralelamente, estes países têm pressionado a União Europeia a tomar a mesma medida em relação a todo o bloco.

Não é apropriado que os turistas russos continuem a passear pelas nossas cidades e as nossas marinas. Temos de enviar um sinal à população russa de que esta guerra não é aceitável”, afirmou ao Financial Times um funcionário sénior não identificado da UE.

Segundo a UE, os acordos de facilitação de vistos “introduzem procedimentos simplificados para tornar a emissão de vistos de curta duração (não superiores a 90 dias por um período de 180 dias) um processo mais fácil para os países que não pertencem à UE e para os cidadãos em causa”.

Os acordos aplicam-se apenas a viagens para países do espaço Schengen. Em alguns casos os acordos são recíprocos para os cidadãos da UE. Além da Rússia, a facilitação de vistos foi assinada com Cabo Verde, Azerbeijão e Arménia.

Partes do acordo de 2007 já tinham sido suspensas no final de fevereiro. Com a suspensão total, os cidadãos russos que queiram entrar na UE terão de apresentar mais documentos, pagar valores mais altos e esperar mais tempo pelos vistos.

Josep Borrell, o chefe da diplomacia da UE, que presidirá às negociações em Praga, já afirmou ser contra a proibição total da atribuição de vistos a cidadãos russos. Finlândia, Polónia e os países do Báltico pretendem usar a exceções relativas à segurança nacional, previstas no acordo de Schengen, para fechar as fronteiras.

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