Ala direita perto da vitória nas eleições na Suécia
Ulf Kristersson, que lidera o bloco de direita/extrema-direita, está cada vez mais próximo de se tornar primeiro-ministro do país escandinavo, numa altura em que já foram contados 95% dos votos.
Com 95% dos votos contados, a coligação de partidos de direita/extrema-direita lidera a corrida à formação de um novo Governo na Suécia, avança a Bloomberg. A oposição, liderada pelo candidato do partido conservador dos Moderados (M), Ulf Kristersson, já garantiu 175 mandatos dos 349 possíveis no Riksdagen, o Parlamento unicameral, assegurando ao bloco uma ligeira vantagem sobre o partido no poder e os seus aliados.
Além dos Moderados, o bloco de direita/extrema-direita engloba os Liberais (L) e Democratas Cristãos (KD), com o apoio direto ou indireto da extrema-direita dos Democratas da Suécia (SD), que neste momento é a segunda maior força política do país escandinavo, confirmando assim as sondagens pré-eleitorais.
Primeiras contagens apontam para novo rumo político na Suécia
“Estou tão orgulhoso, estou tão feliz com o que fizemos juntos”, disse o líder do SD, Jimmie Akesson, numa altura em que já é claro que o partido nacionalista e anti-imigração está a caminho do seu melhor resultado de sempre.
Com as sondagens a mostrarem que as mortes em acertos de contas entre gangues criminosos – que se tornaram um problema social –, os cuidados de saúde e a imigração são as principais preocupações da população, a campanha dos democratas suecos girou em torno da promessa de “tornar a Suécia novamente segura”.
Entre as medidas propostas constam a introdução de penas de prisão mais longas e a redução da imigração ao mínimo, bem como a construção de novos reatores nucleares, numa altura em que os preços da energia disparam em toda a Europa. Este discurso repercutiu-se claramente na ida às urnas no domingo, com os eleitores suecos a entregarem ao SD mais 11 novos lugares no Parlamento, mais do que a qualquer outro partido.
Para esta quarta-feira está agendada uma última contagem eleitoral, após a qual se espera que Kristersson faça pressão para formar um novo Governo. “Estou pronto para fazer tudo o que estiver ao meu alcance para criar um novo Governo estável para toda a Suécia”, disse o líder dos Moderados, num discurso no final do dia de domingo.
Ainda assim, a líder do partido social-democrata e primeira-ministra, Magdalena Andersson, tem liderado as sondagens. Com apenas um lugar a separar a provável aliança que junta os sociais-democratas com os Verdes, o Partido de Esquerda (ex-comunista) e o Partido do Centro do bloco de direita/extrema-direita, Andersson não estava pronta para conceder a derrota na noite de domingo. “Todos os votos serão contados. Levará tempo a obter o resultado final das eleições“, afirmou a primeira-ministra cessante numa publicação nas redes sociais.
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