Só no Algarve é que as dormidas ainda não recuperaram da pandemia
O setor do alojamento turístico em Portugal registou um total de três milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas em julho, de acordo com os dados divulgados pelo INE.
Todas as regiões portuguesas registaram aumentos das dormidas em julho, face ao ano passado, com o Algarve a concentrar um terço do total (33,1%), seguido pela região de Lisboa (22,7%), pelo Norte (15,6%), pela Madeira (10,5%) e pelo Centro (10%). No entanto, comparando com julho de 2019), só o Algarve regista ainda um decréscimo (-4,5%) neste indicador face ao nível pré-pandemia, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados divulgados pelo INE, Lisboa (16,2% do total nacional), Albufeira (12,6%), Funchal (6,7%) e Porto (6,1%) foram os municípios com mais dormidas em julho – e só a cidade algarvia teve uma performance inferior a 2019: -11,7%, sendo a queda de 4,5% nos residentes e de 14,3% nos não residentes. No conjunto dos primeiros sete meses de 2022, só a capital madeirense já conseguiu recuperar para terreno positivo, face à fase anterior à Covid.
Já no que toca à taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (60,6%), aumentou 24,4 pontos percentuais em julho (+23,2 p.p. em junho), face a igual período de 2021, superando os 59,9% observados em julho de 2019. As maiores taxas foram registadas na Madeira (71,7%), no Algarve (69,8%), nos Açores (66,7%) e na Área Metropolitana de Lisboa (66,3%).
O setor do alojamento turístico em Portugal registou três milhões de hóspedes e 8,6 milhões de dormidas em julho de 2022, com o mercado interno a contribuir com 2,9 milhões de dormidas e os mercados externos a totalizar 5,7 milhões. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 86,1 euros no primeiro mês completo da chamada época alta — o valor mais elevado foi atingido no Algarve (123,4 euros) –, enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 127,2 euros.
Os proveitos totais atingiram 682,1 milhões de euros em julho, com o Algarve a concentrar 37,8% do total nacional. Seguiram-se a região da capital portuguesa (25,2%) e o Norte do país, que ficou com 13,3% do total dos proveitos. Entre janeiro e julho, assinala o INE, a evolução neste indicador foi positiva nos três segmentos de alojamento.
“Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 8,6% e os de aposento cresceram 9,6% (pesos de 87,5% e 85,7% no total do alojamento turístico, pela mesma ordem). Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,3%), registaram-se subidas de 8,2% e 9,1%, e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 4,0%, respetivamente) os aumentos atingiram 63,8% e 61,6%, pela mesma ordem”, contabiliza.
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