União Europeia aumentou 70% compras à Rússia até julho
Défice recorde de 42,3 mil milhões de euros em julho, com valor das importações de energia a disparar 152% nos primeiros sete meses do ano e os países da UE a aumentarem em 70% as compras à Rússia.
A União Europeia registou em julho um défice recorde de 42,3 mil milhões de euros no comércio de mercadorias com o resto do mundo, segundo o Eurostat. Um valor que compara com o excedente de 15,6 mil milhões de euros que tinha sido alcançado no mesmo mês do ano passado.
A primeira estimativa divulgada esta quinta-feira aponta para exportações europeias de bens no valor de 211,6 mil milhões de euros (+12,8% em termos homólogos) no mês de julho, enquanto as compras fora do espaço comunitário dispararam 47,6% nesse período, para um total de 253,8 mil milhões de euros.
Entre janeiro e julho, período em que as importações de fora da UE dispararam 48,9% (e as exportações “apenas” subiram 17,2%), os dados do gabinete de estatística mostram que os maiores crescimentos percentuais no montante das compras europeias nos primeiros sete meses do ano aconteceram nas categorias da energia (151,8%) e dos produtos químicos (43,9%).
É na China e nos Estados Unidos que os países do bloco comunitário mais compram, embora no top 5 o maior crescimento registado até julho tenha sido no comércio com a Rússia (70%). Nos dez primeiros mercados de importação, só a Noruega teve uma maior subida em termos percentuais (151%). Estados Unidos, Reino Unido e China continuam a ser os principais compradores de artigos comunitários.
Entre janeiro e julho, só Malta (-1.2%) e Irlanda (-1.1%) não aumentaram as vendas extracomunitárias, com Portugal a ser o terceiro país com a maior subida na comparação homóloga, em termos percentuais. No que toca às compras, apenas a Letónia (-17.9%) e o Luxemburgo (-9,1%) importaram menos bens de fora do espaço da União Europeia.
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