É oficial: Laginha de Sousa presidente da CMVM, Clara Raposo vice-governadora do Banco de Portugal. Conheça os novos administradores
Fernando Medina escolheu Clara Raposo como vice-governadora do Banco de Portugal e Luís Máximo Santos é reconduzido para vice-governador. Laginha de Sousa é o escolhido para presidente da CMVM.
É oficial. O Ministério das Finanças confirmou esta sexta-feira a escolha de Clara Raposo, atual presidente do ISEG, para vice-governadora do Banco de Portugal (BdP), cuja administração vai passar a ter sete elementos. Luís Máximo dos Santos é reconduzido no cargo de vice-governador, enquanto o administrador Hélder Rosalino já tinha visto renovado o mandato de administrador.
Já Luís Laginha de Sousa, que até aqui atuava como administrador do supervisor financeiro, é o escolhido para substituir Gabriel Bernardino na liderança da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), informou o gabinete de Fernando Medina num comunicado, confirmando, assim, uma notícia avançada pelo ECO esta semana.
O ex-presidente da Euronext Lisbon completará assim o mandato de Gabriel Bernardino, que tinha renunciado ao cargo por problemas de saúde após cumprir quatro meses de funções.
Quanto aos restantes administradores que compõem a equipa do governador do BdP, Mário Centeno, são eles Francisca Guedes de Oliveira, Helena Adegas e Rui Miguel Pinto.
Francisca Guedes de Oliveira, doutorada em Economia com especialização em Economia Pública pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, era até à data docente na Católica Porto Business School e membro da direção da AICEP.
Helena Adegas, por seu lado, sobe na hierarquia do banco, visto que, até agora, era diretora do departamento de mercados, enquanto Rui Pinto, que pertencia à administração da CMVM, regressa à casa de origem, onde atuou como diretor adjunto do Departamento de Supervisão Prudencial entre 2014 e 2016, devendo agora assumir o mesmo pelouro no conselho de administração, segundo avança esta sexta-feira o Jornal de Negócios.
Caminho inverso faz Inês Drumond, que deixa a direção do Departamento de Estabilidade Financeira do BdP e passa a vice-presidente do supervisor dos mercados. A CMVM terá ainda como administradores, além de José Miguel Almeida, Juliano Ferreira, atual diretor do Departamento de Emitentes da CMVM, e Teresa Maria Gil, vinda da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Os nomeados para os órgãos sociais do BdP e da CMVM têm agora de passar pelas audições no Parlamento, levadas a cabo pela Comissão de Orçamento e Finanças. No caso das escolhas para a CMVM, têm ainda de passar pelo “crivo” da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) antes da audição parlamentar.
Desta forma, Fernando Medina concluiu o processo de preencher as posições em falta dos órgãos sociais dos reguladores, semanas depois de também ter indicado os nomes para a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
“O Governo atribuiu elevada prioridade ao provimento dos lugares vagos nos conselhos de administração dos três reguladores do sistema financeiro português, um processo que ficou concluído em menos de seis meses após a tomada de posse”, afirma o ministro das Finanças, citado no comunicado.
Ainda segundo o governante, presidiram às escolhas “critérios de competência e conhecimento”, tendo em conta os “objetivos de renovação dos conselhos de administração” e de “garantia de equilíbrios entre géneros, idades e áreas de especialização”.
(Notícia atualizada pela última vez às 10h11)
Veja aqui a lista completa de nomes:
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