Leão apontado ao Tribunal de Contas Europeu após falhar corrida ao fundo de resgate

  • ECO
  • 21 Setembro 2022

Depois de desistir da corrida a diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, João Leão está a ser apontado ao Tribunal de Contas Europeu como membro de Portugal naquela entidade.

Portugal retirou a candidatura de João Leão da corrida ao cargo de diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade, mas o ex-ministro das Finanças português estará de olho noutro cargo a nível europeu: o de membro de Portugal no Tribunal de Contas Europeu, conta o Politico esta quarta-feira.

Tanto João Leão (travado pela Alemanha) como o candidato do Luxemburgo, Pierre Gramegna, (travado pela Itália) saíram da corrida à liderança do fundo de resgate europeu para “evitar um impasse e para não prejudicar a sucessão de Klaus Regling”, depois de não terem reunido os 80% de votos necessários para a eleição, segundo anunciou esta terça-feira o Ministério das Finanças português.

Apesar disso, ambos já estão a ser apontados para outras posições, revela o Politico. “Gramegna poderá regressar como líder do Eurogrupo se Donohoe for forçado a deixar o seu duplo papel de ministro das Finanças irlandês e chefe da Zona Euro ao abrigo de um acordo de partilha de poder que está a ser atualmente negociado pelo governo de coligação irlandês. Leão, entretanto, está a ser apontado por alguns para se tornar no membro de Portugal no Tribunal de Contas Europeu”, escreve o influente site.

O Tribunal de Contas Europeu está sediado no Luxemburgo e tem como missão fiscalizar se os fundos da União Europeia são bem geridos. O tribunal funciona como um órgão colegial formado por 27 Membros, um de cada Estado-Membro, designados pelo Conselho, após consulta do Parlamento Europeu, para um mandato de seis anos renovável. Atualmente tem 26 membros, faltando o de Portugal.

Entretanto, o ministro das Finanças disse que o Governo ainda não tomou uma decisão sobre a indicação do nome de um juiz português para o Tribunal de Contas Europeu, não confirmando o seu antecessor João Leão para o cargo. “Isso é uma decisão que o Governo português tomará a seu tempo e não há nenhuma decisão do Governo sobre essa matéria”, disse Fernando Medina, em declarações à Agência Lusa.

(Notícia atualizada às 17h58 com as declarações do ministro das Finanças)

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