Petróleo toca mínimos de janeiro com receios de recessão e dólar forte

Cotação da matéria-prima está a afundar mais de 4%, perante os receios de uma recessão e também por causa da força do dólar. Contratos de Brent e WTI transacionam em mínimos desde janeiro.

Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a afundar mais de 4%, tocando mínimos de oito meses, perante os receios de uma recessão e também por causa da força do dólar.

Pelas 18h00 de Lisboa, o barril de Brent desvaloriza 4,78% para 90,46 dólares, e acumula uma perda de cerca de 6% desde o início da semana, enquanto o crude WTI perde 5,61% para 83,49 dólares e cerca de 8% desde segunda-feira. Ambos os contratos de referência transacionam em mínimos desde janeiro. Trata-se da quarta semana consecutiva de perdas, algo que não acontecia desde dezembro.

“A ameaça de uma recessão global continua a pesar sobre os preços do petróleo, com o aperto monetário generalizado nos últimos dias a alimentar os receios de um impacto significativo no crescimento“, afirma Craig Erlam, analista de mercados da OANDA, em declarações à Reuters.

A Reserva Federal norte-americana subiu as taxas de juro em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva esta quarta-feira, e outros bancos centrais seguiram as pisadas no dia seguinte, aumentando o risco de travagem económica.

Por outro lado, a pressionar o mercado petrolífero está ainda o dólar forte, que está a caminho de tocar máximos de fecho desde maio deste ano, comparativamente com outras moedas. Um dólar forte reduz a procura por petróleo tornando a matéria-prima mais cara para os compradores que utilizam outra moeda.

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