Dos hackers éticos ao lixo oceânico, conheça os vencedores do Prémio Inova+

Seis projetos empresariais e de investigação premiados nas áreas da inteligência artificial, sustentabilidade e soluções digitais. José Neves e Fernando Lobo Pereira recebem distinções especiais.

O Prémio Inova+, que visa distinguir a excelência empresarial e científica na inovação nacional, distinguiu os investigadores Catarina Moreira, Joana Rosa e João Pereira (com 5 mil euros cada), assim como as empresas Ethiack, Neutroplast e MyGreenApp (com o mesmo valor unitário, mas atribuído em serviços de consultoria em processo de candidatura europeia) pelos projetos desenvolvidos nas áreas da inteligência artificial, sustentabilidade e soluções digitais.

Este ano, o júri decidiu atribuir ainda distinções especiais de “excelência empresarial” a José Neves, CEO da Farfetch e presidente da Fundação com o seu nome, pelas iniciativas promovidas na área das competências digitais; e de “excelência científica” (a título póstumo) a Fernando Lobo Pereira, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que se notabilizou nos domínios de sistemas de controlo, sistemas autónomos, ou aplicações de controlo em robótica móvel, potência e sistemas de fabrico.

“A inovação em Portugal nunca foi tão dinâmica. Pela primeira vez, a despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) ultrapassou os 3.000 milhões em 2021 e nunca empresas e instituições tiveram tantos profissionais a trabalhar na inovação. O Prémio Inova+ vem contribuir e incentivar para a inovação em Portugal, pois acreditamos que esta é a grande alavanca para o desenvolvimento do país”, destaca o chairman, Eurico Neves, citado numa nota de imprensa.

Organizado pela consultora, este prémio tem como parceiros a Agência Nacional da Inovação (ANI), o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP), e a AIP – Associação Industrial Portuguesa. O júri foi constituído por Eurico Neves, Goreti Sales (FCTUC), Lillian Barros (CIMO-IPB), Gil Gonçalves (FEUP) e Verónica Orvalho (Didimo).

Conheça os seis projetos vencedores, distribuídos por três categorias.

Inteligência Artificial

  • Ethiack, representada por Jorge Monteiro, pelo projeto Ethically-Driven Security For the Digital Age. Pretende oferecer uma solução de cibersegurança autónoma numa abordagem black box, através da utilização de inteligência artificial e ethical hackers. O projeto materializa-se na plataforma simbiótica em que hackers éticos testam as vulnerabilidades das soluções auxiliando as organizações a prevenir o cibercrime.
  • Catarina Moreira, pelo projeto XENIA – eXplainable Enhanced diagNostics Interactively through AI. Investiga como a informação do registo de movimentos oculares pode ser utilizada para ensinar a uma máquina como é que radiologistas analisam e classificam as imagens. O projeto tem como objetivo a criação de arquiteturas de inteligência artificial human centric para instruir radiologistas com pouca experiência a analisar imagens de raio-X.

Sustentabilidade dos Recursos Naturais e dos Ecossistema

  • Neutroplast, através de Tânia Simões, pelo projeto SeaRubbish2Cap. Focado na identificação e recuperação de lixo do leito oceânico sem danos para o ecossistema, tratando estes resíduos por forma a serem incorporados em produtos de valor acrescentado. Projeto prevê a recolha de cinco toneladas de resíduos plásticos na área de Peniche, com a previsão de uma produção superior a 2,5 toneladas de pellets para utilização em embalagens.
  • Joana Rosa, pelo projeto CELLAQUA – New tools to stimulate cell-based seafood production in Portugal. Desenvolvimento de linhas celulares de peixes para a aquacultura moderna. Projeto envolve espécies de peixe magro com elevado potencial de marketing e aceitação pelo consumidor e que não são atualmente produzidos em aquacultura.

Soluções digitais para cidades resilientes

  • Pedro Teixeira, da MyGreenApp, Lda, pelo projeto MyGreenApp – A holistic digital guide for yourdecarbonizedlife. Uma app concebida para ajudar pessoas e organizações a reduzir o seu impacto ecológico através de uma ferramenta simples e acessível para monitorizar e compensar a sua pegada carbónica.
  • João Pereira, pelo projeto SmartRFID – Long-RangeSmart RFID Location for ResilientCities. Apresentado como um inovador sistema de localização RFID de longa distância para localizar pessoas, animais ou produtos em ambientes residenciais, comerciais e industriais.

Os vencedores do Prémio Inova+ foram anunciados esta segunda-feira durante uma cerimónia realizada no auditório da FEUP, onde decorreu durante a tarde uma conferência sobre inovação, que contou com a presença de Isabel Ferreira, secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Diogo Gomes de Araújo, diretor de Capacitação do Sistema Nacional de Inovação na ANI, e Joana Resende, vice-reitora da Universidade do Porto.

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