Há cinco opções para o novo aeroporto. Saiba quais são

Análise estratégica e multidisciplinar vai incluir análise das localizações do Montijo, Alcochete e Santarém para o futuro do aeroporto na zona de Lisboa.

O Governo aprovou a criação de uma comissão técnica independente para proceder à avaliação ambiental estratégica do futuro aeroporto de Lisboa. Montijo, Alcochete e Santarém serão as localizações consideradas, segundo a resolução do Conselho de Ministros desta quinta-feira. Pedro Nuno Santos avisa que “o novo aeroporto vai demorar”.

Liderada por um coordenador-geral, a comissão técnica independente contará depois com seis coordenadores de projetos, para as áreas de estudos de procura e acessibilidades; planificação aeroportuária e análise de capacidade; acessibilidades rodoviárias e ferroviárias; ambiente e avaliação ambiental; análise económica e financeira; análise jurídica.

A comissão técnica independente será supervisionada por uma comissão de acompanhamento, a ser nomeada pelo Conselho Superior de Obras Públicas, anuncia o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.

Está em causa o estudo de cinco opções que implicam localizações ou complementos ou soluções duais, de acordo com o ministro. São elas:

  • Solução dual em que o Humberto Delgado será o aeroporto principal e o do Montijo complementar;
  • Solução dual em que Montijo adquire progressivamente estatuto de aeroporto principal e o Humberto Delgado o de complementar;
  • Aeroporto no campo de tiro de Alcochete e que substituiria de forma integral o aeroporto Humberto Delgado;
  • Humberto Delgado com estatuto de principal e Santarém o de complementar;
  • Novo aeroporto internacional em Santarém e que substitua de forma integral o Humberto Delgado.

A criação destas comissões é então o passo agora dado pelo Governo, tendo em vista “até ao final de 2023 apresentar uma avaliação ambiental estratégica”. “Criámos uma estrutura que vai ter a participação de muitas personalidades de varias origens para poderem durante este ano e o próximo concretizar avaliação que fundamentará a decisão sobre o futuro aeroporto”, sinaliza Pedro Nuno Santos.

O coordenador geral da comissão técnica será nomeado pelo primeiro-ministro sob proposta de três personalidades: presidente do conselho superior de obras públicas, presidente do conselho nacional do ambiente e desenvolvimento sustentável e presidente do conselho dos reitores das universidades portuguesas. Estas personalidades têm 30 dias para indicar um nome a António Costa.

Questionado sobre o envolvimento da ANA, concessionária dos aeroportos, no processo, Pedro Nuno Santos destaca que “quem decide onde vai ser o aeroporto da região de Lisboa é o Estado português e o Governo”. “Não é nenhuma empresa que escolhe e decide a localização do aeroporto”, reforça.

Já sobre o entendimento com o PSD, o ministro adianta que a metodologia escolhida para a decisão do novo aeroporto “traduz o acordo com o maior partido da oposição”.

Quanto às obras na Portela, o ministro salienta que “o novo aeroporto vai demorar, e nós temos urgência já hoje”. Assim, “as obras na Portela, não permitindo aumentar a capacidade, vão permitir aumentar a fluidez da operação e vai dar ganhos do ponto de vista dos atrasos“, por exemplo, sublinhou. Será preciso fazer a negociação com a ANA para as intervenções que são necessárias.

(Notícia atualizada às 14h35)

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