“Anúncio extemporâneo” do ministro da Economia “penalizou” baixa do IRC

  • ECO
  • 6 Outubro 2022

António Saraiva considera que será inevitável o racionamento de energia no inverno e sugere a criação de “um défice tarifário à semelhança do que se fez em relação à energia elétrica”.

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que não vai haver uma redução transversal do IRC porque o ministro da Economia anunciou “previamente aquilo que já vinha sendo trabalhado”, o que, “de facto, penalizou esse objetivo”, quando “a medida já não era muito bem vista” dentro do Governo e do PS. Em entrevista conjunta ao Público (acesso pago) e à Rádio Renascença, admite que, a haver uma redução do IRC, irá “tender para a redução com diferenciação ou discriminação positiva”.

António Saraiva alerta que uma subida da massa salarial de 4,8% como o Executivo sugere no âmbito do Acordo de Rendimentos, terá de ser acompanhada de compensações. “Este esforço a que o Governo quer obrigar a economia de 4,8% ao ano durante os próximos quatro anos implica um aumento da massa salarial de 1.000 milhões de euros por ano. Em quatro anos são quatro mil milhões de euros. Obviamente têm que existir contrapartidas para este enorme esforço”, explica o patrão dos patrões. E, por contrapartidas, entende “redução e previsibilidade da carga fiscal”. “Quando digo redução da carga fiscal, falo na redução da taxa nominal de IRC, dos 21% para os 19%”, precisa.

No capítulo da energia, António Saraiva considera que será inevitável o racionamento de energia no inverno. “Não há uma maneira boa de dar uma má notícia”, disse. Por isso, defende que para mitigar o impacto da subida do preço do gás natural seja criado “um défice tarifário à semelhança do que há tempos lá atrás se fez em relação à energia elétrica”.

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