Nigéria falhou quatro entregas de gás natural a Portugal até agosto

  • Capital Verde
  • 6 Outubro 2022

Depois de o ministro ter admitido o risco de a Nigéria não cumprir com as entregas, fonte oficial do MAAC revela ao Jornal de Negócios que até agosto quatro carregamentos não chegaram a Portugal.

De janeiro até agosto deste ano, a Nigéria falhou quatro carregamentos de gás natural de um total de 30 que estavam previstos serem entregues a Portugal.

A notícia avançada esta quinta-feira pelo Jornal de Negócios, e confirmada por fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC), surge depois da viagem do Secretário de Estado da Energia e o presidente executivo da Galp Energia a Abuja no final de agosto. Na altura, João Galamba e Andy Brown, respetivamente, deslocaram-se ao país africano para assegurar cumprimento dos contratos de gás, tal como avançava o Expresso.

Fruto dessas reuniões de trabalho na Nigéria, fonte oficial do MAAC diz agora que “até ao final do ano estão contratualmente previstos sete carregamentos adicionais” por parte do principal fornecedor de GNL a Portugal. Sozinha, a Nigéria assegurou até julho 55% do gás que o país importou, seguida pelos Estados Unidos (28%), revela o jornal do grupo Cofina.

Na mesma notícia, o Governo assegura que neste momento “a estratégia passa por assegurar a entrega de mais 11 carregamentos” ainda em 2022. Ou seja, os sete adicionais a que se somam os outros quatro que ficaram em falta até agosto e que o Governo quer recuperar.

Em meados de setembro, o ministro do Ambiente e da Ação Climática tinha admitido que, apesar de o Governo estar a tentar colmatar o risco no que toca ao fornecimento de gás ao país, a Nigéria, poderá não entregar as quantidades de gás previstas, o que pode significar alterações do preço desta matéria-prima.

“De hoje para amanhã qualquer um [país] pode ter um problema” no fornecimento de gás, indicou Duarte Cordeiro, numa conferência organizada pela PwC e a CNN Portugal. “Queremos acreditar nos nossos fornecedores” mas “o Governo nigeriano coloca-nos a questão de dizer que vamos cumprir os contratos mas existe o risco de não cumprir“, admitiu, revelando ainda que no passado já se verificou que este fornecedor não entregou a totalidade do gás contratualizado.

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