Previsões do Governo para crescimento da economia “são realistas e jogam pelo seguro”, diz Marcelo
Chefe de Estado afirma que as estimativas de crescimento económico do Governo e do Banco de Portugal não são um "exercício de maquilhagem política".
O Presidente da República considera que as previsões do Governo e do Banco de Portugal (BdP) para a economia são “realistas”. Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas esta sexta-feira, durante uma visita a Malta, onde disse que estas estimativas não são um “exercício de maquilhagem política”.
O Executivo está a trabalhar com uma previsão de redução da dívida pública de 115% este ano para 110,8% no próximo, o que significa regressar a valores anteriores à troika, avança o Público. No cenário macroeconómico, que integra a proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), o Governo antecipa que o crescimento de 6,5% este ano deverá abrandar para 1,3% no próximo.
Já o Banco de Portugal reviu em alta o crescimento para este ano para 6,7%, mas não atualizou as previsões para 2023 (em maio apontava para um crescimento de 2,6% em 2023).
“Estes números parecem-me realistas”, disse o Chefe de Estado esta sexta-feira. “Para o ano que vem, o crescimento provavelmente é realista, com empurrão deste ano”, acrescentou, notando, contudo, que “a inflação é mais questionável, mas não impossível” — Governo aponta para 7,4% no final deste ano, desacelerando para 4% no próximo ano. Mas, o Conselho das Finanças Públicas aponta para uma inflação de 5,1% no próximo ano.
“O Governo e o Banco de Portugal, com estas previsões, tentam jogar pelo seguro. Não é um exercício de maquilhagem política, porque isso seria suicida. Um Governo pode enganar-se, mas não altera de propósito os dados“, comentou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela RTP3.
O Chefe de Estado vai reunir-se com os partidos no dia 12 de outubro, dois dias depois de a proposta do OE2023 ser entregue no Parlamento.
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