Crise imobiliária na Suécia. Preço das casas afunda 11,2% em seis meses
Mercado sueco foi um dos mais "aquecidos" durante a pandemia. Preços da habitação afundaram 11,2% em setembro face ao pico atingido em março.
A Suécia está a passar por uma crise imobiliária, naquela que é a maior desde a crise financeira. Os preços da habitação afundaram 11,2% em setembro face ao pico atingido em março, quando o mercado sueco foi um dos mais “aquecidos” durante a pandemia, de acordo com a Bloomberg. A explicar este desempenho estão as subidas acentuadas das taxas de juro.
O Índice de Preços da Habitação na Suécia caiu pelo sexto mês consecutivo, recuando 2,8% em setembro face a agosto, segundo a Valueguard, citada pela agência de notícias. Os preços das moradias – que subiram fortemente durante a pandemia – caíram 3,3% em setembro, enquanto os preços dos apartamentos caíram 1,9%. Na primeira quinzena de outubro, os preços dos apartamentos continuaram a cair em Estocolmo e Gotemburgo.
“A incerteza sobre o quão alto as taxas de juro subirão, ao mesmo tempo que há sinais claros de que a economia está a desacelerar – o que eventualmente também afetará o mercado de trabalho – estão claramente a ter um efeito de amortecimento no sentimento dos potenciais compradores de casas“, diz a analista do Swedbank, Maria Wallin Fredholm, numa nota enviada aos clientes.
Fredholm acrescenta que a instituição acredita que os preços poderão cair cerca de 15%, em termos ajustados, sazonalmente, já que as previsões de subida para as taxas de juro aumentaram “muito” durante o outono.
O presidente do Riksbank, Stefan Ingves, disse esta quinta-feira que o banco central fará o que for necessário para trazer a inflação de volta à sua meta de 2%, mesmo que isso leve a “acidentes” no setor imobiliário.
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