Alemanha aprova fundo de 200 mil milhões para enfrentar crise energética
Governo alemão aprova fundo de até 200 mil milhões de euros para enfrentar a crise energética. União Europeia considera que novo mecanismo de estabilização de Scholz coloca em causa medidas da UE.
O parlamento alemão aprovou esta sexta-feira um fundo de até aos 200 mil milhões de euros para enfrentar a crise energética no país, bem como a suspensão do limite constitucional ao endividamento, avança a Bloomberg. A proposta foi avançada pela coligação no poder e aprovada pela câmara baixa do parlamento alemão.
O fundo, que deve durar até 2024, tem como objetivo ajudar a aliviar a crise energética para empresas e famílias, ao financiar tetos e subsídios aos preços da energia. As famílias vão poder beneficiar de um preço máximo de 80% do seu consumo habitual a partir de março. Já o teto de preço para grandes empresas deve entrar em vigor já em janeiro.
No passado mês de setembro, o Governo alemão anunciou que iria apropriar-se de um fundo destinado a compensar os impactos da pandemia de Covid-19 e reforçá-lo com verbas adicionais. Segundo o chanceler, Olaf Scholz, o novo mecanismo de estabilização, não contemplado no orçamento, irá permitir que as medidas protejam a economia alemã.
Já alguns homólogos de Olaf Scholz na União Europeia consideram que o plano, destinado a proteger consumidores e empresas dos aumentos no preço do gás, colocam em causa os esforços da União Europeia, além do risco de distorcer o mercado energético, bem como interromper o abastecimento internacional de energia e gás natural.
Em reação, os títulos de dívida alemã a 10 anos ultrapassaram a taxa de juro dos 2,5% pela primeira vez desde 2011. Os responsáveis do Bank of America antecipam que a emissão de dívida na Zona Euro deverá atingir valores recorde em 2023.
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