Cotrim declara apoio a Rui Rocha para a liderança da Iniciativa Liberal
Deputado eleito por Braga, formado em Direito e quadro da Sonae desde 2008, recebe apoio formal do ainda líder do partido. António Costa explica saída de Cotrim com o Chega e o “espetáculo” inglês.
“Conta comigo, Rui”. É desta forma que João Cotrim de Figueiredo, até agora líder da Iniciativa Liberal (IL), declara “com entusiasmo” o apoio à candidatura do deputado Rui Rocha, eleito por Braga, ao cargo de presidente da comissão executiva do partido.
“Há muito que tenho podido testemunhar a forma assertiva, inteligente, rigorosa e irreverente como o Rui faz política. (…) No Parlamento, põe o seu talento, capacidade de trabalho e abnegação ao serviço de cada caso e de cada causa, com um estilo combativo e uma amplitude de temas rara na Assembleia da República”, destaca.
Este domingo, o partido anunciou em comunicado que o atual presidente não será candidato ao cargo na próxima Convenção, que se realiza em dezembro. O mandato, que renovou em 2021, só terminava no próximo ano. Ao final do dia, Rui Rocha, 52 anos, licenciado em Direito e quadro do grupo Sonae desde 2008, anunciou a candidatura ao cargo.
O Rui Rocha é a pessoa certa para liderar a Iniciativa Liberal nesta sua nova fase de crescimento e afirmação e, da minha parte, conta com todo o apoio que necessitar antes e depois da eleição
Numa publicação no LinkedIn, Cotrim de Figueiredo elogiou ainda as “qualidades humanas notáveis que todos os que o conhecem constatam: a generosidade, a integridade e um incomparável sentido de humor”. “Por tudo isto, o Rui Rocha é a pessoa certa para liderar a Iniciativa Liberal nesta sua nova fase de crescimento e afirmação e, da minha parte, conta com todo o apoio que necessitar antes e depois da eleição”, sustenta.
Costa explica saída com Chega e “espetáculo” inglês
Esta manhã, em declarações aos jornalistas depois de ter participado numa conferência sobre competências digitais no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), o primeiro-ministro, António Costa, disse ser “natural” a saída de cena do líder da IL, apontando dois motivos: um relacionado com o Chega e outro à atual conjuntura política no Reino Unido.
“A IL decidiu passar a competir com o Chega no estilo de truculência e de má-educação democrática na forma como intervém no debate público. Entendo que [Cotrim de Figueiredo] não se sentisse à vontade nesse estilo de luta-livre no meio do lamaçal”, apontou o chefe do Executivo, que não entende “o fascínio que a direita em Portugal tem pelo Chega”.
Outra razão para a saída, ironizou, terá sido o “espetáculo extraordinário da chegada de uma hiper liberal a primeira-ministra de Inglaterra”, gracejando com o “embaraço” com o que disse ser uma “demonstração prática do que seria a IL a governar”. “Em 45 dias destruíram-se os mitos do choque fiscal e de um sistema de Segurança Social assente na confiança das poupanças das pessoas a fundos privados, que à primeira aflição tiveram de ser resgatados por dinheiros públicos”, concluiu António Costa.
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