Software de cibersegurança criado no Porto capta investimento de 7,7 milhões

Iberis Capital e Semapa Next lideram ronda de investimento de 7,7 milhões de euros para a tecnológica Probely, liderada por Nuno Loureiro, triplicar a equipa e expandir nos EUA até ao final de 2023.

A tecnológica portuguesa Probely, que atua no setor da cibersegurança e conta com cerca de 200 clientes em setores como a banca, seguros ou telecomunicações, espalhados por 32 países, acaba de captar um financiamento de 7,7 milhões de euros para reforçar a equipa com 40 pessoas, prosseguir a expansão internacional e “cimentar a posição” nos Estados Unidos da América (EUA).

Os seis fundadores da Probely: Nuno Loureiro, João Poupino, Hugo Castilho, Bruno Barão, Cláudio Gamboa, Tiago Mendo (da esquerda para a direita)

Esta ronda de investimento Série A – destinada a startups com o produto já desenvolvido, uma base de clientes e fluxo constante de receitas – foi coliderada pela Iberis Capital e pela Semapa Next, teve a participação de um investidor internacional especializado em cibersegurança (TIIN Capital) e foi acompanhada pelos atuais investidores: Bright Pixel Capital (antiga Sonae IM), Caixa Capital, Portugal Ventures e EDP Ventures.

Este investimento é crucial tanto para a capacitação financeira que nos permita escalar o negócio em mercados estratégicos.

Nuno Loureiro

Cofundador e CEO da Probely

“Este investimento é crucial tanto para a capacitação financeira que nos permita escalar o negócio em mercados estratégicos, como para beneficiarmos da vasta experiência dos novos investidores em áreas-chave para o nosso crescimento”, sublinha o cofundador e CEO, Nuno Loureiro. Segundo uma nota de imprensa, até ao final de 2023 conta mais do que triplicar a base de clientes e contratar mais 40 colaboradores para várias equipas, incluindo as vendas e o marketing.

Fundada em abril de 2016 e sediada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), a Probely desenvolveu uma solução que identifica vulnerabilidades em sites, aplicações web e API’s (interface de programação de aplicativos) de forma automatizada. Dirigida aos programadores e às equipas de cibersegurança das empresas, o software da startup nortenha diz também apoiar a resolução dessas fragilidades diagnosticadas. A maioria dos atuais clientes está nos EUA e no Reino Unido.

João Henriques, sócio da Iberis Capital

Para o fundador e sócio da lisboeta Iberis Capital, que tem 300 milhões de euros de ativos sob gestão e uma base composta por mais de 700 investidores, a Probely “demonstra a capacidade de inovação das empresas portuguesas e o talento que existe no país nas áreas da tecnologia e informática”. “Em poucos anos passou a exportar para mais de 30 países, o que atesta a qualidade dos seus serviços numa área tão sensível e competitiva como é a cibersegurança”, acrescenta João Henriques, líder desta gestora de fundos de private equity e venture capital.

Em poucos anos, a Probely passou a exportar para mais de 30 países, o que atesta a qualidade dos seus serviços numa área tão sensível e competitiva como é a cibersegurança.

João Henriques

Fundador e sócio da Iberis Capital

“A equipa da Probely conta com forte experiência técnica e de desenvolvimento de produtos numa área tão crítica como é a de cibersegurança e demonstrou a necessidade que equipas de DevOps [desenvolvimento e operações] têm para adotar a sua solução. Estamos motivados para [apoiá-la] na expansão da sua base europeia e no crescimento no mercado dos EUA”, completa Hugo Augusto, CEO da Semapa Next, empresa de capital de risco focada em rondas de investimento em Séries A e B, a partir de Portugal para a Europa.

A aposta em projetos na área da cibersegurança tem estado na mira dos investidores. Ainda há duas semanas, Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva, ex-quadros da Sonae, anunciaram a criação de uma nova sociedade de capital de risco (33N Ventures) para apostar precisamente em startups ligadas a este setor. Já com 20 milhões de euros levantados, quer arrecadar um total de 150 milhões junto de outros investidores e, atingido esse patamar, colocar dez milhões em rondas de investimento das séries A e B.

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