Preço mediano das habitações desacelera em Lisboa
Os preços de alojamentos familiares voltaram a subir em todo o país no segundo trimestre. Em Lisboa, o aumento foi menor do que no trimestre anterior, com o preço mediano a fixar-se em 3.786 euros/m2.
A subida dos preços das habitações desacelerou em sete dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes. Sobretudo em Lisboa, onde a taxa de variação homóloga no segundo trimestre foi de 7,6%, inferior em 6,1 pontos percentuais (p.p.) à variação homóloga que tinha sido registada no trimestre anterior, avançou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi também a mais baixa desses 24 municípios mais populosos.
O preço mediano de alojamentos familiares em Lisboa fixou-se em 3.786 euros por metro quadrado (m2). Apesar da subida mais lenta dos preços medianos, a capital continua a ser a zona mais cara do país para comprar casa, seguida de Cascais, com 3.491 euros/m2. O instituto destaca ainda as desacelerações em Gondomar (-2,4 p.p.) e Santa Maria da Feira (-1,4 p.p.).
Em Portugal, o preço mediano da habitação fixou-se em 1.494 euros/m2 no segundo trimestre, um aumento de 17,8% face ao mesmo trimestre do ano passado. Esta taxa representa uma aceleração em relação ao trimestre anterior (+0,6 p.p.), mostram as Estatísticas de Preços da Habitação ao Nível Local, publicadas esta terça-feira.
Pelo contrário, a taxa de variação homóloga dos preços medianos das habitações acelerou em seis dos 11 municípios mais populosos (acima de 100 mil habitantes) da Área Metropolitana de Lisboa — em Loures, a subida acelerou 8,8 p.p. entre trimestres –, bem como do Porto (+9,2 p.p.), Matosinhos (+5,3 p.p.), Maia (+3,6 p.p) e Vila Nova de Gaia (+3,4 p.p.). Houve ainda aumentos nas variações homólogas nos sete municípios mais populosos fora das áreas metropolitanas.
Na análise por sub-regiões, os dados do INE indicam que as duas onde os preços das habitações foram mais elevados no segundo trimestre eram o Algarve (2.358 euros/m2, +23,8%) e a Área Metropolitana de Lisboa (2.076 euros/m2, +16,5%). Em sentido oposto, e à semelhança do trimestre anterior, foi a sub-região do Alto Alentejo que apresentou o menor preço mediano de alojamentos familiares (500 euros/m2) em todo o país.
De acordo com a análise do INE, os dados sugerem uma “sobrevalorização relativa dos valores de arrendamento face aos valores dos preços da habitação na maioria dos municípios das áreas metropolitanas”. Ao mesmo tempo, o instituto nota uma “subvalorização relativa das rendas na generalidade dos municípios do Algarve”.
(Notícia atualizada pela última vez às 14h08)
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