Após cair em agosto, avaliação bancária sobe para 1.429 euros/m2 em setembro
Valor mediano a que a banca está a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito subiu em setembro, depois de em agosto ter caído pela primeira vez desde 2020.
O valor a que os bancos avaliam os imóveis para efeitos de concessão de crédito à habitação voltou a subir em setembro, depois de ter recuado em agosto pela primeira vez desde março de 2020. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta quinta-feira, o valor mediano do metro quadrado fixou-se em 1.429 euros, mais 15 euros do que no mês anterior.
“Em setembro, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1.429 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 1,1% face a agosto (1.414 euros/m2)”, refere o INE.
No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.591 euros por metro quadrado, uma subida de 16,2% face ao período homólogo. Comparativamente a agosto, o valor de avaliação dos apartamentos subiu 0,9%, tendo os Açores apresentado a maior subida (27,2%) e o Norte a maior descida (0,3%), destaca o INE.
Por tipologia, o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu dez euros para 1.607 euros por metro quadrado, tendo os T3 descido um euro para 1.402 euros por metro quadrado. No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,8% das habitações avaliadas.
Já no que diz respeito a moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.136 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 13,8% em relação a setembro de 2021. Face a agosto, o valor de avaliação das moradias aumentou 0,9%. A Área Metropolitana de Lisboa registou o aumento mais acentuado (1,8%) e os Açores a maior descida (-2,3%).
Comparando com fevereiro, os valores das moradias T2, T3 e T4 — tipologias responsáveis por 88,3% das avaliações — atingiram os 1.118 euros por metro quadrado (mais 38 euros), 1.108 euros por metro quadrado (mais um euro) e 1.227 euros por metro quadrado (mais 29 euros), respetivamente.
Única descida da avaliação bancária aconteceu nos Açores
Considerando todas as tipologias, o maior aumento face ao mês anterior registou-se na Madeira (1,1%) e a única descida verificou-se nos Açores (-0,6%). Em comparação com o mesmo período de 2021, o valor mediano das avaliações cresceu 15,6%, registando-se a variação mais intensa no Algarve (17,8%) e a menor na Madeira (10,5%).
De acordo com o índice do valor mediano de avaliação bancária, em setembro de 2022, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação 36,7%, 33% e 9,6%, respetivamente, superiores à mediana do país. Alto Tâmega foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-47,3%), destaca o INE.
Para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de setembro, foram consideradas 25.834 avaliações, menos 8,7% que no mesmo período do 2021 e menos 22% que em maio último, mês em que se registou o máximo da série, das quais 16.325 foram apartamentos e 9.509 moradias. Em comparação com o período anterior, realizaram-se menos 438 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 1,7%.
(Notícia atualizada às 11h45 com mais informação)
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