Portugueses viajaram seis vezes mais para o estrangeiro do que em 2021, mas ainda abaixo do pré-Covid
Portugueses viajam ao estrangeiro mais 592,8% no segundo trimestre do ano, e atingem 774,2 mil viagens. Viagens por “lazer, recreio ou férias” representam 47,6% do total de 5,5 milhões de viagens.
Os residentes em Portugal viajaram quase seis vezes mais (592,8%) para o estrangeiro no segundo trimestre de 2022 face ao trimestre homólogo, totalizando 774,2 mil viagens, embora esse número se tenha mantido 6,5% abaixo dos níveis registados em 2019, avança esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No total, ou seja, em Portugal e no estrangeiro, foram realizadas 5,5 milhões de viagens no segundo trimestre do ano, o que corresponde a um aumento de 52,2% face ao mesmo período do ano anterior, mas este nível também se mantém inferior, em 1,7%, ao registado em 2019. A maioria das viagens ocorreu, assim, em território nacional (85,9%), tendo atingido os 4,7 milhões, um valor que representa um aumento de 34,9%, mas uma quebra de 0,9% face a 2019.
Em termos mensais, o número de viagens aumentou em todos os meses do segundo trimestre, com um avanço de 102,8% em abril, 35,9% em maio e 31,1% em junho. Ao analisar face a igual período de 2019, apenas houve um acréscimo de 0,5% em maio, e em abril e junho verificou-se uma redução de 2,9% e 2,3%, respetivamente. Em abril de 2021 ainda estava em vigor o estado de emergência.
O que levou os residentes em Portugal a viajar mais foi o “lazer, recreio ou férias”, razão pela qual 2,6 milhões de viagens foram realizadas, ou 47,6% do total. Em segundo lugar ficou o motivo “visita a familiares ou amigos”, que correspondeu a 2,1 milhões de viagens, ou 38% do total.
O grupo “hotéis e similares” concentrou 31,7% das dormidas resultantes de viagens turísticas no segundo trimestre do ano, sendo que este indicador já regressou aos níveis pré-pandemia, com um avanço de 0,2 pontos percentuais (p.p.). No entanto, o “alojamento particular gratuito” manteve-se enquanto a principal opção de alojamento, com 62,1% das dormidas.
No que diz respeito à organização das deslocações, a internet foi utilizada em 26,9% dos casos, “tendo este meio sido opção em 71,9% das viagens para o estrangeiro” esclarece o INE, com o peso a atingir os 19,5% nas viagens em território nacional.
No segundo trimestre do ano, cada viagem durou em média 3,42 noites, um valor inferior tanto à média de 3,57 em 2021, e de 3,44 em 2019. A média de noites por viagem foi mais baixa em maio (2,81 noites), ao passo que a mais elevada foi registada em junho (4,07 noites).
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