População desempregada em Portugal aumentou 2,3% no terceiro trimestre
Entre julho e setembro, cerca de sete mil pessoas engrossaram a lista de desempregados em Portugal, de acordo com as estatísticas do INE. Teletrabalho caiu para 17%, abrangendo 836,7 mil pessoas.
A população desempregada, estimada em 305,8 mil pessoas, aumentou 2,3% no terceiro trimestre deste ano, face aos três meses anteriores, o que equivale a mais sete mil pessoas nesta condição. Ainda assim, na comparação com o período homólogo, o INE regista uma diminuição de 4,1% (12,9 mil).
“Para a evolução homóloga da população desempregada contribuíram, principalmente, os decréscimos nos seguintes grupos populacionais: homens (8,2 mil; 5,7%); pessoas dos 16 aos 24 anos (10,7 mil; 13,9%); com ensino superior (14,7 mil; 15,3%); à procura de novo emprego (14,3 mil; 5,2%); e desempregados há 12 e mais meses (24,8 mil; 16,2%)”, detalha.
Entre julho e setembro deste ano, 42,1% da população desempregada encontrava-se nesta condição há 12 ou mais meses, o que é classificado como desemprego de longa duração. No destaque publicado esta quarta-feira, o INE salienta que este é um valor inferior em 8,8 p.p. ao do trimestre precedente e em 6 p.p. ao do trimestre homólogo.
Já a taxa de desemprego foi estimada em 5,8%, o que representa um ligeiro acréscimo (0,1 p.p.) face ao trimestre anterior e um valor inferior em 0,3 p.p. ao do terceiro trimestre de 2021. Evolução semelhante, mas mais acentuada, apresentou a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos), estimada em 18,8%.
No terceiro trimestre, que coincide com os meses de verão, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em três regiões do país: na Área Metropolitana de Lisboa (7,6%); na Madeira (6,2%) e nos Açores (6,0%). Foi igual no Norte (5,8%) e inferior nas restantes três regiões: Algarve (4,4%), Centro (4,3%) e Alentejo (4,3%).
Teletrabalho caiu para 17%
Segundo os dados avançados esta quarta-feira pelo INE, na estatísticas do emprego, a população empregada em Portugal ascendeu a um total de quase 4,93 milhões de pessoas, mais 27,3 mil face ao segundo trimestre deste ano e mais 51 mil do que no mesmo período do ano passado.
A proporção da população empregada em teletrabalho, isto é, que trabalhou a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, foi de 17% (836,7 mil pessoas) entre julho e setembro, menos 2,6 p.p. do que no segundo trimestre de 2022. Uma em cada cinco indicou estar nesta condição devido à pandemia de Covid-19.
O número médio de dias trabalhados em casa por semana foi de quatro, à semelhança do observado no trimestre anterior. Quase um terço (31,5%, 277,7 mil pessoas) trabalhou 100% a partir de casa. Comparando com o trimestre anterior, em termos relativos, foram menos os que trabalharam sempre em casa (1,5 p.p.) e mais os que conciliaram trabalho presencial e remoto (3,9 p.p.).
Entre os que estiveram no chamado regime híbrido, “o sistema de combinação mais comum foi o que conjuga alguns dias por semana em casa, em todas as semanas (66%; 183,3 mil), mais 3,9 p.p. (10,4 mil) do que no 2.º trimestre de 2022”, aponta o INE. Em média, trabalharam em casa três dias por semana.
Finalmente, calcula ainda o Instituto Nacional de Estatística que a população inativa, estimada em 5.031,6 mil pessoas no terceiro trimestre de 2022, diminuiu relativamente ao trimestre anterior (0,6%; 32,7 mil) e também face ao período homólogo (1,1%; 54,0 mil).
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