Sindicatos bancários exigem aumentos salariais de 8,5% e apoios anti-inflação
Sindicatos consideram "fundamental" que as negociações decorram "com a máxima celeridade".
Os sindicatos bancários da FEBASE estão a exigir um aumento salarial de 8,5% para o próximo ano, bem como medidas de apoio extraordinário aos bancários no ativo e na reforma para fazer face ao aumento do custo de vida.
No início de novembro, os sindicatos MAIS, SBC e SBN entregaram às instituições de crédito subscritoras do ACT do setor bancário uma proposta de aumento salarial de 8,5%, que, “face às dificuldades que os trabalhadores enfrentam,” contém ainda “medidas de apoio extraordinário aos bancários no ativo e na reforma e a revisão de clausulado”, informam em comunicado. E deixam um aviso. “As negociações devem ser céleres.”
Além da proposta de aumento salarial, a proposta dos sindicatos contém ainda “propostas de revisão e inclusão de clausulado com vista à alteração de algumas matérias, bem como à introdução de novos temas que permitam ajudar os bancários, garantindo direitos já existentes e contratualizando outros”.
Temas como crédito à habitação, teletrabalho, dispensas de assiduidade, férias, subsídios, promoções e carreiras são apenas alguns dos assuntos em cima da mesa na discussão com todas as instituições, “que terá de iniciar-se logo após a receção da sua contraproposta, cujo prazo legal para entrega é de um mês.”
Os sindicatos consideram “fundamental” que as negociações decorram “com a máxima celeridade”. “A realidade dos trabalhadores é grave e incompatível com bloqueios negociais, não se compadecendo com atitudes como as da banca em 2021”, dizem.
Nesse ano, o processo de negociações foi “desgastante” na medida em que os sindicatos “foram confrontados com a pretensão dos Bancos de 0% de aumentos salariais”, situação que levou a necessidade de recorrer à conciliação do Ministério do Trabalho.
“Os trabalhadores bancários não têm beneficiado dos ganhos de produtividade e dos lucros apresentados pelas Instituições (cinco milhões de euros diários!). A grande maioria dos reformados – com necessidades acrescidas no âmbito do apoio na saúde – encontram-se a viver com pensões baixíssimas e com muitas dificuldades”, referem.
Consequência da crise pandémica, guerra na Ucrânia, elevadas taxas de inflação e a “insuficiente evolução salarial registada nos últimos anos”, os bancários no ativo e na reforma vão enfrentar em 2023 “um ano especialmente difícil, pelo que os bancos têm, mais do que nunca, de assumir a sua responsabilidade social para com os trabalhadores.”
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