OPEP: Acordo para cortar produção de crude pode prolongar-se
Há cada vez mais países a apoiar um prolongamento do acordo para reduzir a produção de petróleo. Argélia, Venezuela, Iraque e Omã dizem apoiar uma extensão por mais seis meses.
Há cada vez mais países produtores a apoiar um prolongamento do acordo feito entre os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para reduzirem a produção de petróleo. Depois da Argélia, agora foi a vez da Venezuela, Iraque e Omã virem dizer que estão preparados para continuar a cortar a oferta. Isto numa altura em que as cotações do petróleo se mantêm abaixo da fasquia dos 50 dólares.
Os ministros do Petróleo da Venezuela, Iraque e Omã apoiam um possível prolongamento do corte da produção de “ouro negro”, um acordo feito entre os países da OPEP para animar os preços do petróleo. “Estamos preparados para apoiar” uma extensão do acordo — que entrou em vigor em janeiro — por mais seis meses, disse o ministro do Petróleo da Venezuela, Nelson Martinez, aos jornalistas, citado pela Bloomberg.
O seu homólogo do Omã, que, tal como a Venezuela, não faz parte do cartel, também afirmou que “faz sentido prolongar o acordo por mais seis meses”. A Rússia também está a avançar com a redução para limitar o excesso de petróleo no mercado. “Antes de mais nada, é importante cumprir o acordo alcançado no ano passado”, nota o ministro da Energia russo. O país tem como objetivo cortar 300 mil barris por dia até ao final de abril, acrescenta.
Um comité composto pelos ministros do Kuwait, Argélia, Venezuela, Rússia e Omã já pediu à OPEP para avaliar o mercado e apresentar uma recomendação em abril sobre o prolongamento deste acordo. “Certos fatores, como a procura sazonal fraca, manutenção das refinarias e aumento da oferta por parte de países fora da OPEP, abrandaram o impacto positivo dos ajustamentos feitos à produção”, refere o comité.
Estas declarações foram feitas em sinal de apoio à Argélia, depois de o ministro da Energia do país ter pedido um prolongamento. Segundo o responsável, a estratégia está a limitar as reservas globais de energia. Mas esta redução ainda não se está a notar nos preços do petróleo, que continuam a negociar perto dos 50 dólares. O Brent chegou mesmo a cair abaixo deste patamar, depois de a produção ter aumentado nos EUA.
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