Juros dos novos créditos à habitação disparam e superam 2%, um máximo de seis anos

Taxas de juro implícitas no crédito à habitação voltaram a subir em outubro, naquele que foi o sétimo mês consecutivo de aumentos. Nos novos créditos, ultrapassa os 2%, para um máximo de 2016.

A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu 18,4 pontos base (p.b.), para 1,328% em outubro, naquele que representa o sétimo mês consecutivo de aumentos e o valor mais alto desde janeiro de 2015, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já no que diz respeito aos novos contratos, celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro disparou de 1,775% para 2,061%, um máximo desde maio de 2016.

“A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 1,328%, valor superior em 18,4 p.b. face ao registado no mês anterior”, lê-se. “Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi de 2,061%, o que traduz um aumento de 28,6 p.b. face a setembro”.

Taxa de juro implícita no crédito à habitação por período de celebração dos contratos:

Fonte: INEINE

Para o destino de financiamento de aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,342% (+18,2 p.b. face a setembro). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro aumentou 27,9 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 2,054%.

Considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação subiu sete euros para 279 euros. Deste valor, 69 euros (25%) correspondem a pagamento de juros e 210 euros (75%) a capital amortizado. Comparativamente com outubro de 2021, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 18 euros para 489 euros.

Já no que diz respeito ao capital médio em dívida, em agosto observou-se uma subida de 345 para 60.750 euros. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi de 128.092 euros, mais 414 euros do que em março.

(Notícia atualizada às 11h44 com mais informação)

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