Isabel dos Santos nega ter sido alvo de “pressões políticas”
“O Estado português nunca interveio a meu favor ou fez pressões de género algum em relação aos meus investimentos”, disse a filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.
A empresária angolana Isabel dos Santos disse que o livro do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa “diz uma inverdade”.
“O Estado português nunca interveio a meu favor ou fez pressões de género algum em relação aos meus investimentos”, disse a filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos, em entrevista ao órgão de comunicação social alemão Deutsche Well.
“Os meus investimentos sempre foram privados e nada têm a ver com intervenções políticas do Estado português”, adiantou.
Segundo a empresária o livro do antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa tem “uma inverdade”.
“Este livro do governador do Banco de Portugal diz uma inverdade”, salientou Isabel dos Santos, acrescentado que se reuniu com Carlos Costa “umas duas vezes”.
“Os assuntos tratados tiveram a ver com a gestão e investimentos do banco e não se tratou de pressões políticas ou outras”, afirmou.
Recentemente, Carlos Costa, no livro “O Governador”, acusou o primeiro-ministro de intromissão política junto do supervisor bancário no caso de Isabel dos Santos, argumentando que o confirma na mensagem escrita que lhe enviou.
“Esta semana, no mesmo dia em que anunciava um processo judicial, o senhor primeiro-ministro enviou-me uma mensagem escrita em que reconhece que me contactou para me transmitir a inoportunidade do afastamento da engenheira Isabel dos Santos. Ou seja, é o próprio primeiro-ministro a confirmar a tentativa de intromissão do poder político junto do Banco de Portugal”, disse o antecessor de Mário Centeno.
O livro “O Governador” resulta de um conjunto de entrevistas do jornalista do Observador Luís Rosa a Carlos Costa, que liderou o Banco de Portugal entre 2010 e 2020, e tem causado polémica.
O primeiro-ministro, António Costa, já afirmou que irá processar o ex-governador do Banco de Portugal por ofensa à sua honra, depois de, no livro, o antecessor de Mário Centeno ter relatado que foi pressionado pelo chefe do Governo para não retirar Isabel dos Santos do EuroBIC.
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