Orçamento do Estado de 2023 é suficiente para a saúde?

  • ECO
  • 25 Novembro 2022

Os últimos cinco episódios das Health Talks abordaram o Orçamento do Estado de 2023 na área da saúde. Apesar de algumas opiniões positivas, a maioria considera insuficiente o valor atribuído ao setor.

O Orçamento do Estado de 2023 atribuiu o valor mais elevado de sempre à área da saúde, mas, ainda assim, continua a ser insuficiente. Quem o diz são os líderes das principais entidades que representam o setor da saúde em Portugal, que expressaram a sua opinião sobre o que ainda falta fazer para melhorar esta área nas últimas cinco Health Talks.

Xavier Barreto, vogal da direção da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) foi o convidado da primeiro episódio dedicado a este tema, onde, além de ter respondido à questão “Este orçamento dá respostas às necessidades atuais dos portugueses no que diz respeito à saúde?”, opinou sobre o regime do trabalho em dedicação plena.

As mesmas perguntas foram respondidas por Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, no episódio 5, no qual também falou sobre o caminho da requalificação de instalações de saúde e esclareceu a dúvida sobre se haverá enfermeiros para responder a estas requalificações.

A sustentabilidade e o desperdício foram outros pontos abordados nesta série de Health Talks sobre o OE 2023. No episódio 6, Paulo Silva, partner EY, alertou para o desperdício dentro do setor da saúde e ainda abordou os passos que já estão a ser dados na área para tornar o setor mais sustentável.

Por sua vez, os últimos dois episódios focaram-se noutro dos objetivos do Orçamento deste ano, nomeadamente a redução da despesa com medicação. Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias, deu a sua opinião sobre este ponto no episódio 7 desta temporada. E Vitor Papão, diretor geral Gilead Sciences, também se manifestou sobre o tema (no episódio 8), onde também respondeu a questões sobre a possibilidade de haver um aumento de preço e escassez de medicamentos.

De forma geral, apesar de todos se mostrarem satisfeitos com o aumento do Orçamento do Estado de 2023 para a Saúde, a grande maioria destes especialistas também consideraram o valor atribuído ao setor insuficiente para fazer face à necessidade de valorização das carreiras e ao aumento de custos provocado pela inflação.

Questões como desperdício e sustentabilidade também estiveram em cima da mesa, mas não só. A necessidade de melhorias operacionais e de alterar o paradigma de financiamento, pagando por resultados em saúde e não por atos médicos realizados, foram outros dos pontos apontados.

 

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