Mendonça Mendes passa das Finanças para adjunto de Costa. Fica com lugar de Miguel Alves

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais é um homem forte do aparelho do PS, liderando a federação socialista de Setúbal, e também irmão da ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.

António Mendonça Mendes, atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, vai ser o novo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Para substituir Miguel Alves, ex-autarca de Caminha que saiu do Executivo envolvido em polémica, António Costa, recorre a um influente dirigente socialista, com experiência no Ministério das Finanças.

O lugar estava vago há cerca de três semanas, desde que Miguel Alves apresentou a demissão ao primeiro-ministro, depois de ter sido acusado por prevaricação no âmbito da chamada Operação Teia. O Presidente da República já aceitou as alterações no Governo e esta proposta de nomeação, tendo agendado a tomada de posse para sexta-feira, 2 de dezembro.

Atual presidente da Federação de Setúbal do Partido Socialista e irmão da atual ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, o advogado nascido em 1976 em Coimbra, cidade onde também se licenciou em Direito, é o novo braço direito de António Costa. Ocupava a secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais desde julho de 2017, altura em que sucedeu a Fernando Rocha Andrade.

Até há cinco anos, apesar de nunca ter tido funções governativas, Mendonça Mendes já conhecia bem os corredores do poder. No currículo profissional tem várias passagens por gabinetes de apoio a membros do governo. No consulado de Guterres, entre 1999 e 2002, foi assessor do secretário de Estado da Justiça (Costa era ministro); e nos governos de José Sócrates chefiou os gabinetes da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e depois da ministra da Saúde, Ana Jorge.

No início da carreira foi advogado em Macau (Gonçalves Pereira, Rato, Ling, Vong & Cunha), passou brevemente pelo grupo empresarial Geocapital – de que Diogo Lacerda Machado, o melhor amigo de Costa, foi administrador –, foi diretor na Refer com responsabilidades nas áreas de capital humano, assuntos jurídicos e organização (2011-2013) e antes de ingressar no Ministério das Finanças era advogado e sócio da André, Miranda e Associados, em Lisboa.

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