União Europeia acorda tecto de 60 dólares no preço do petróleo russo
Governos da União Europeia prestes a assinar acordo que fixa em 60 dólares por barril o limite máximo na importação de petróleo russo, com salvaguarda de ficar sempre 5% abaixo do preço de mercado.
O tecto de preço para o petróleo russo deverá ser fixado nos 60 dólares por barril, com um mecanismo de ajuste para mantê-lo 5% abaixo do preço de mercado, medido com base nos números da Agência Internacional de Energia (AIE).
Segundo avança a agência Reuters, citando uma fonte diplomática, os países da União Europeia chegaram a um acordo provisório nesta matéria esta quinta-feira, faltando apenas o “sim” definitivo da Polónia, que está a pressionar para que o limite seja o mais baixo possível.
A confirmar-se o acordo definitivo nas próximas horas — Lituânia e Estónia, que apoiaram a pressão polaca já concordaram com o limite de 60 dólares –, o acordo escrito entre todos os governos da UE poderá ser assinado esta sexta-feira, 2 de dezembro.
Esta imposição de um limite máximo às compras de petróleo proveniente da Rússia foi acertada pelos líderes do G7 — grupo de países que engloba Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, Japão e Reino Unido — no início de setembro.
Em comunicado, o G7 detalhou que o limite de preço é “projetado especificamente para reduzir as receitas russas e a capacidade da Rússia financiar a guerra, minimizando o impacto do conflito armado nos preços de energia, principalmente para países de rendimento baixo e médio”, frisando que iria endurecer o 8º pacote de sanções dos 27 Estados-membros contra Moscovo.
Na semana passada, pela voz do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a Rússia avisou que não planeia “fornecer petróleo e gás aos países que estabelecerem e aderirem ao limite”, embora tenha dito que ainda é necessário “analisar tudo” – leia-se, o acordo final do G7 – antes de formular uma posição final sobre esta matéria.
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