Paulo Portas: Portugal deve ser “profissional” nas relações com Angola
O agora vice-presidente da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa defendeu, numa entrevista, que a relação entre Portugal e Angola é insubstituível e que o país deve saber mantê-la.
Paulo Portas alertou que Portugal deve saber ser profissional e firme na defesa do espaço seu e do seu “contributo para o desenvolvimento de Angola”. Numa entrevista ao Jornal de Negócios publicada esta terça-feira, o antigo vice-primeiro-ministro e atual vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) defendeu que a relação luso-angolana “não é substituível” e que, embora outros países a invejem, o país deve saber mantê-la.
O também líder histórico do CDS reiterou que “Portugal tem algumas afinidades eletivas” com países como Angola, e que deve cuidar delas “de forma muito profissional”, preservando “essas relações de afinidade que são, em primeiro lugar, com Portugal”, mas que “não estão guardadas para Portugal” se o país não souber “ter uma política que proteja essa posição”.
"Portugal tem algumas afinidades eletivas que são essenciais para poder ter ambição e deve cuidar de forma muito profissional, de preservar essas relações de afinidade (…).”
Sem entrar em casos concretos, Paulo Portas disse que “a política externa de um Estado que se dá ao respeito” é aquela que “unitária, comandada e representada pelo Governo e pelo Presidente da República sem quaisquer outras interferências”. “O que penso digo aos responsáveis e apenas a eles”, frisou.
Na entrevista, o centrista mostrou-se ainda otimista quanto ao futuro das relações económicas do país com os países africanos de língua oficial portuguesa e que se Portugal quer ser mais relevante na Europa, tem de “cultivar as suas relações especiais” fora dessa mesma Europa”, disse.
Por fim, Paulo Portas disse ainda que Portugal tem de crescer acima a média europeia, pois é “a única forma” de recuperar “o atraso” que tem em relação aos seus congéneres europeus. “Basta olhar para os crescimentos médios da globalização para perceber que embora os nossos parceiros comerciais tradicionais estejam na Europa, (…) para onde nós podemos aumentar exponencialmente as exportações é para mercados não-europeus”, indicou ao Jornal de Negócios.
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