Venezuelana PDVSA e Chevron assinam acordos para a produção conjunta de petróleo
O ministro venezuelano diz há que “continuar a produzir cada vez mais, agora como parceiro estratégico, empresas mistas, e demonstrar ao mundo que a Venezuela continua de pé".
A empresa estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA) e a norte-americana Chevron assinaram esta sexta-feira vários acordos para a criação de empresas mistas (capitais públicos e privados) para a produção conjunta de petróleo em território venezuelano.
Os acordos foram assinados pelo presidente da Chevron, Javier La Rosa e pela parte venezuelana pelo presidente da PDVSA, Asdrubal Chávez, e o ministro de Petróleo da Venezuela, Tareck El Aissami, na sede da petrolífera em La Campiña, Caracas.
Durante a assinatura, o ministro de Petróleo explicou que a assinatura procura dar um novo impulso à indústria petrolífera venezuelana “apesar das sanções promovidas pelos EUA, nos últimos anos”.
“Alguns contratos (são) extremamente importantes para o país e para o mundo inteiro. Vocês (Chevron) encontrarão empresas produtivas, que têm sabido resistir à investida destas sanções ilegais, violadoras do direito internacional, que conseguiram o milagre de manter a sua capacidade produtiva. Vão encontrar uma classe trabalhadora moralizada, muito feliz, e sobretudo muito disposta a continuar os planos de desenvolvimento conjunto que elaborámos”, disse Tareck El Aissami.
Segundo o ministro há que “continuar a produzir cada vez mais, agora como parceiro estratégico, empresas mistas, e demonstrar ao mundo que a Venezuela continua de pé e aberta aos investimentos internacionais neste setor vital para todos, que é o energético”.
“Desde a Venezuela exigimos a cessação imediata e o levantamento dos ataques contra a PDVSA e o cerco da lei, que também tem causado sérios danos tanto à economia nacional como aos nossos parceiros estratégicos”, sublinhou Tareck El Aissami.
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exigiu quarta-feira a devoção da CITGO Petroleum, filial da PDVSA nos EUA, por ser “propriedade da Venezuela e um dos elementos vitais para continuar avançando nas negociações” entre Caracas e Washington. “Que a CITGO seja devolvida completamente à Venezuela, e que os dividendos que a CITGO gerou sejam libertados para as contas venezuelanas de investimento social”, Nicolás Maduro durante uma conferência de imprensa em Caracas.
Em 29 de novembro último, a Venezuela anunciou que assinaria vários acordos com a Chevron para impulsionar o desenvolvimento local de empresas mistas (capital público e privado) e a produção de petróleo. O anúncio foi feito pelo ministro dos Petróleos da Venezuela, Tareck El Aissami, após um encontro com o presidente da petrolífera norte-americana, Javier La Rosa, que teve como propósito “promover novos projetos que favoreçam o setor”.
“Nas próximas horas, assinaremos os contratos para impulsionar o desenvolvimento de empresas mistas e a produção de petróleo, como sempre o temos feito, nos termos estabelecidos na Constituição e outras leis venezuelanas. Agora, a produzir!”, anunciou o ministro na sua conta do Twitter.
O anúncio da assinatura de acordos acontece depois de o Governo de Nicolás Maduro retomar o diálogo com a oposição venezuelana e de os EUA autorizarem, sábado, a Chevron a retomar as atividades de extração de petróleo no país. Segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, a medida reflete a política de “alívio de sanções específicas baseado em passos concretos que diminuam o sofrimento do povo venezuelano e apoiem a restauração da democracia”.
O Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC) norte-americano afirma que, apesar da licença que autoriza a Chevron a retomar as operações venezuelanas “continuam a vigorar outras sanções e restrições relacionadas com a Venezuela”. Segundo a imprensa local, a Venezuela produziu, em outubro, 717.000 barris diários de petróleo, abaixo dos 2 milhões de barris diários de meta proposta pelo Governo venezuelano.
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