Bruxelas promete resposta “calibrada” às “distorções” da lei da inflação nos EUA

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2022

Ursula von der Leyen, promete dar uma resposta “adequada e bem calibrada” para mitigar as “distorções” da lei norte-americana para a redução da inflação.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu este domingo uma resposta “adequada e bem calibrada” para mitigar as “distorções” da lei norte-americana para a redução da inflação.

“A Europa fará sempre o que for certo para a Europa. A União Europeia (UE) responderá de forma adequada e bem calibrada à lei da redução da inflação. No entanto, isso significa que vamos entrar numa difícil guerra comercial com os EUA”, afirmou Ursula von der Leyen, que falava no Colégio da Europa, na Bélgica.

De acordo com a presidente da Comissão Europeia, a resposta da UE vai assentar em três pilares: flexibilização das regras de ajuda pública, procura de novas fontes de financiamento comunitário e cooperação com as autoridades americanas em questões-chave para a economia verde.

A responsável sublinhou estar a favor da “cooperação em vez do confronto” com Washington, adiantando que Bruxelas vai continuar a dialogar com o Presidente dos EUA, Joe Biden, para tentar alterar a lei.

Para von der Leyen existe uma “simetria surpreendente” entre esta lei e o Pacto Verde europeu, uma vez que ambas contemplam estratégias climáticas. Contudo, avisou que existem riscos de concorrência desleal e de fragmentação das cadeias de abastecimento.

Patriotismo económico “Made in USA”

De visita à Casa Branca, o presidente francês assinalou esta semana que vê com preocupação o patriotismo económico demonstrado pelo Presidente democrata americano, com o lema “Made in USA”. Joe Biden pretende, em particular, impulsionar o setor dos veículos elétricos, com o objetivo de aumentar o emprego industrial, a transição energética e a competição tecnológica com a China.

O plano lançado por Joe Biden prevê quase 375 mil milhões de dólares (368,9 mil milhões de euros) em programas climáticos e de energia destinados a ajudar o país a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 40% até 2030.

O pacote será financiado, em grande parte, por aumentos de impostos, incluindo um novo imposto sobre recompras de ações de empresas e um imposto mínimo de 15% para empresas com lucros muito elevados.

Em relação ao ambiente, o projeto de lei injetará quase 375 mil milhões de dólares ao longo da década, o que para os consumidores significa benefícios fiscais para a compra de veículos elétricos.

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