Petróleo sobe 2% no dia em que entra vigor limite de 60 dólares no barril russo
Entra hoje em vigor o limite de preço ao barril russo nos 60 dólares por parte do G7. Preço do petróleo valoriza quase 2% em Londres e Nova Iorque com cortes na produção na OPEP+.
Os preços do petróleo arrancam a semana a subir quase 2%, depois de os países da OPEP+ terem mantido os cortes na produção e quando entra em vigor o limite de preço ao barril russo nos 60 dólares por parte do G7.
Em Londres, o barril de Brent para entrega a 29 de dezembro valoriza 1,78% para 87,09 dólares. Do outro lado do Atlântico, o contrato de crude WTI que expira a 20 de dezembro soma 1,83% para 81,44 dólares. Ambos recuperam das quedas das últimas semanas que tinham anulado os ganhos deste ano por conta da guerra da Rússia na Ucrânia.
Evolução do preço do Brent
Este desempenho acontece no dia em que entra em vigor o teto máximo ao preço da matéria-prima vinda da Rússia. Na passada sexta-feira, os países do G7, juntamente com a Austrália, concordaram com um limite de 60 dólares por barril, após o acordo alcançado pelos 27 Estados-membros da UE.
Depois dessa decisão, a Rússia anunciou que, a partir de 2023, deixará de fornecer petróleo à União Europeia.
A dar força ao preço do “ouro negro” está ainda o sinal positivo para a procura da parte do maior importador mundial, a China, perante o alívio das regras da Covid-19 em várias cidades durante o fim de semana.
Entretanto, a OPEP+ — que inclui os maiores exportadores mundiais de petróleo e os aliados, como a Rússia – reafirmou este domingo que vai manter o corte mensal na produção de petróleo em dois milhões de barris diários entre novembro e o próximo ano.
“Esta decisão não é uma surpresa, tendo em conta a incerteza no mercado em relação ao impacto da proibição de petróleo russo na União Europeia e o limite de preço imposto pelo G7”, referiu Ann-Louise Hittle, da Wood Mackenzie, citada pela Reuters.
“Adicionalmente, o grupo de produtores enfrenta riscos descendentes devido ao potencial abrandamento económico global e à política de Covid zero na China”, acrescentou.
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