Ganhos com novas tabelas de IRS não chegam a todos em janeiro. Veja as simulações
Em cinco das 12 simulações solicitadas pelo ECO junto da EY, ganhos com novas tabelas de retenção na fonte apenas chegam em julho. Solteiros e casados com filhos são os mais penalizados.
Os ganhos com as novas tabelas de retenção na fonte do IRS não vão chegar para todos logo em janeiro. Esta é a principal conclusão das simulações pedidas pelo ECO junto da consultora EY. Os cenários pedidos incluem três estatutos (solteiro, casado com dois filhos e pensionista) e quatro tipos de rendimento bruto mensal (780 euros, 1.500 euros, 2.000 euros, 5.000 euros).
Em cinco das 12 simulações pedidas, os benefícios com as novas tabelas de retenção na fonte apenas chegam em julho. Os mais prejudicados são os solteiros sem filhos e os casados com dois filhos, entre os quais os que auferem rendimentos de 1.500 euros.
Os maiores benefícios ocorrem nos cenários mais extremos. Quem for solteiro, sem filhos, e tiver um rendimento bruto mensal de 780 euros, vai ganhar mais 53 euros líquidos por mês a partir do salário de julho – de 633,20 para 686,20 euros. Entre janeiro e junho, o benefício mensal líquido será de 23 euros.
Um pensionista solteiro sem dependentes vai ter um aumento do rendimento mensal de 176 euros a partir da reforma de julho, de 3.135 para 3.311 euros. Na primeira metade do ano, o ganho líquido por mês será de 50 euros, segundo as simulações.
No sentido contrário, há cinco casos em que os ganhos líquidos com as novas tabelas só chegam em julho: solteiros sem filhos com salário bruto de 1.500 e de 5.000 euros; casados com dois filhos com rendimento bruto de 1.500 e de 5.000 euros e pensionistas solteiros com reforma bruta de 780 euros por mês.
Em 2023 serão aplicadas duas tabelas de retenção na fonte do IRS. No primeiro semestre, as tabelas desenhadas de forma a acomodar as alterações ao IRS contempladas no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), nomeadamente as novas regras do mínimo de existência, a atualização dos escalões em 5,1% e a descida em dois pontos percentuais (de 23% para 21%) da taxa marginal do segundo escalão.
A partir de julho, será aplicado um novo modelo de retenção na fonte, que garante que a um aumento de salário bruto num determinado mês corresponde sempre um aumento do salário líquido.
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