Governo espera evitar greve na TAP, apesar das margens limitadas para acordo

Mariana Vieira da Silva nota que "margens que existem" para um acordo entre a TAP e os tripulantes "não são margens normais".

O Governo continua a acreditar que é possível haver um acordo entre a TAP e os tripulantes de cabine, evitando, assim, a greve que está prevista para os próximos dois dias. Em conferência de imprensa esta quarta-feira, após Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva disse que as “margens que existem” para um acordo “não são margens normais”, dado o “momento” que a empresa atravessa.

“É conhecido de todos os portugueses o contexto em que houve uma intervenção na TAP e o facto de a TAP estar obrigada, neste momento, a cumprir o acordo que fez com a Comissão Europeia nessa matéria“, disse a ministra do Estado e da Presidência. “As margens que existem face a esse compromisso não são margens normais”, acrescentou.

Apesar disso, Mariana Vieira da Silva disse que “a expectativa do Governo, lamentando o impacto que a greve possa ter, é que, dentro dessas margens, possa existir um acordo entre a TAP e os tripulantes”. “Porque todos conhecemos o momento que vivemos e as limitações que existem por força do que temos de cumprir para poder salvar a empresa”, completou.

Esta segunda-feira, a companhia aérea enviou uma carta ao Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SPVAC) com novas propostas para tentar evitar a greve. De acordo com aquela estrutura sindical, foram feitas propostas em matéria de e-learning, debriefing, garantia mínima sem cortes e ajudas de custo”. Mas os tripulantes de cabine vão mesmo avançar com uma greve esta quinta e sexta-feira.

Na moção aprovada pelos cerca de 600 associados, entre presenças e procurações, a direção do sindicato considera que “a TAP preferiu ‘pagar para ver’ os efeitos da greve ao invés de repor aos tripulantes aquilo que unilateralmente lhes retirou” e “optou por rejeitar a prossecução da paz social, preferindo denegrir reiteradamente os tripulantes de cabine através de comunicações internas e externas”.

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