Portugal com quarta menor taxa de utilização de materiais recicláveis da União Europeia
A taxa de utilização de materiais recicláveis entre os 27 Estados-membros voltou a abrandar em 2021. Em Portugal, esse valor também caiu, atirando o país para a quarta pior posição.
A taxa de utilização de materiais recicláveis voltou a recuar ligeiramente em 2021, ano em que Portugal ocupou a quarta pior posição no recurso a estes materiais entre os 27 Estados-membros.
Segundo as contas do Eurostat, divulgadas esta terça-feira, este é o segundo ano consecutivo em que a taxa de circularidade — isto é, a parcela de materiais usados provenientes de resíduos reciclados — mostra sinais de abrandamento na União Europeia.
Assim, a taxa de utilização deste tipo de materiais caiu 0,1 pontos percentuais (pp), em 2021, para 11,7% contrariando a tendência verificada desde 2004, altura em que o gabinete de estatísticas europeu começou a fazer este registo. Em 2019, a taxa situava-se nos 12%, o valor mais elevado da série, mas em 2020 caiu para 11,8% e em 2021 para 11,7%.
Em 2021, a taxa de circularidade foi maior nos Países Baixos (34%), seguidos pela Bélgica (21%) e França (20%). A taxa mais baixa foi registada na Roménia (1%), seguida pela Finlândia e Irlanda, ambas com 2% — valor muito semelhante ao de Portugal que, em 2020, apresentava uma taxa de materiais recicláveis de 2,5% mas que em 2021 caiu para 2,3%.
“As diferenças na taxa de circularidade entre os Estados-Membros baseiam-se não apenas na quantidade de reciclagem de cada país, mas também em fatores estruturais nas economias nacionais“, explica o Eurostat, na publicação desta terça-feira.
A entidade com sede em Bruxelas explica ainda que, dependendo do tipo principal de material, a taxa de circularidade também apresentou algumas pequenas diferenças. Em 2021, a taxa de circularidade da biomassa foi de 20% (+0,4 pp face a 2020), dos minerais não metálicos 14% (sem variação), dos materiais/transportadores de energia fóssil 3% (-0,1 pp) e dos minérios metálicos 23 % (-1,0 pp).
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