Grupo Hoti chega ao mercado residencial com investimento de 110 milhões
Grupo Hoti vai entrar no mercado residencial com três projetos de apartamentos para a classe alta. Tem ainda mais 100 milhões de euros para a abertura de sete novos hotéis.
O Grupo Hoti Hotéis, representante das marcas Meliá, Tryp, Start Inn e Moxy, vai entrar no mercado de residence. A cadeia hoteleira nacional vai avançar com três projetos de apartamentos para a classe alta, num investimento total previsto de cerca de 110 milhões de euros. O Grupo Hoti tem ainda cerca de 100 milhões de euros para a abertura de sete novos hotéis até 2025.
Com atualmente 18 hotéis em funcionamento, num total de 2.900 quartos, aquela que é considerada a quinta maior cadeia hoteleira no país vai estrear-se no mercado residencial, adiantou esta sexta-feira Ricardo Gonçalves, administrador do Grupo Hoti, num encontro com a imprensa.
As localizações escolhidas foram o Porto, Aveiro e São João da Madeira, numa área total de cerca de 55 mil metros quadrados, o investimento previsto ronda os 110 milhões de euros, mas poderá ser superior tendo em conta a evolução dos custos de construção. “É uma nova área de negócio que está a ser trabalhada”, notou o responsável hoteleiro.
O primeiro projeto a abrir portas será o do Porto, na Avenida da Boavista. Serão 80 apartamentos numa área de cerca de 14 mil metros quadrados, destinados à classe alta, “porque a localização é premium“, disse Ricardo Gonçalves. O objetivo é começar a comercializar este empreendimento até ao final de 2023, mas “o licenciamento será um desafio”, sublinha.
Sem querer adiantar mais detalhes sobre os outros dois projetos de residence, o administrador referiu ainda que o Grupo Hoti pretende abrir sete novos hotéis até 2025, num investimento que ronda os 100 milhões de euros, num total de 700 quartos. Aqui, incluem-se localizações como Famalicão e Braga – este último já está em construção e deverá abrir portas daqui a um ano.
Ricardo Gonçalves falou ainda de dois projetos “empatados” há vários anos. Um deles na zona do Rato, em Lisboa, comprado há cerca de seis anos já com licença de construção. “Quando íamos iniciar a construção, o Ministério Público avançou com uma ação contra a Câmara de Lisboa e o projeto está parado desde então, há seis anos”, lamentou o responsável.
O outro projeto é em Montegordo, no Algarve, conseguido através de um concurso público internacional. “Tínhamos toda a documentação, mas a Agência Portuguesa do Ambiente [APA] retirou o parecer positivo e agora está tudo embrulhado em tribunais”. “Temos dez milhões de euros investidos em dois ativos parados há seis anos”, diz, notando que esse valor permitira “aumentar a massa salarial” do Grupo Hoti “em 10%”.
O Grupo Hoti encerrou 2022 com um resultado líquido de 80 milhões de euros, adiantou o CEO, Miguel Proença, aos jornalistas. Este número representa um aumento face a 2019, ano que se fixou nos 74 milhões de euros. As expectativas para 2023 apontam para 89 milhões de euros. O EBITDA deste ano ronda os 33 milhões de euros e a ocupação média manteve-se praticamente inalterada (71%).
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