BCE prevê “uma recessão breve e pouco profunda na zona euro no final do ano”, diz Luis de Guindos

  • Lusa
  • 27 Dezembro 2022

"Haverá mais subidas, as necessárias até que a inflação esteja no caminho para o objetivo de 2%", afirmou ainda o vice-presidente do BCE.

O Banco Central Europeu (BCE) vai fazer mais subidas das taxas de juro para levar inflação à meta de 2% e a amplitude dessas subidas dependerá dos dados económicos, segundo o vice-presidente da entidade monetária, Luis de Guindos.

Numa entrevista à Confederação Espanhola de Associações de Jovens Empresários (CEAJE), publicada esta terça-feira no site do BCE, Luis de Guindos afirmou que o BCE decidirá a subida das taxas de juro “reunião a reunião e segundo os dados”, dada a grande incerteza atual. “Tal como anunciámos no mês de dezembro, haverá mais subidas, as necessárias até que a inflação esteja no caminho para o objetivo de 2%”, afirmou o vice-presidente do BCE.

De momento, com base nos dados atuais, o BCE espera que a inflação atinja o objetivo de 2% no segundo semestre de 2025. Ainda na entrevista, Luis de Guindos disse que o BCE prevê “uma recessão breve e pouco profunda na zona euro no final do ano”, esperando que o crescimento volte no segundo trimestre de 2023 e que assim permaneça em 2024 e 2025.

Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A inflação na zona euro recuou um pouco em novembro, para 10% contra 10,6% no mês anterior, graças a uma moderação dos preços da energia.

Com a inflação ainda longe do objetivo de 2% a médio prazo definido pelo BCE, a subida das taxas de juro vai continuar, mesmo com o risco de penalizar ainda mais a economia.

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