Iniciativa Liberal vai apresentar moção de censura ao Governo

A Iniciativa Liberal anunciou que vai apresentar uma moção de censura ao Governo de Costa. Cotrim de Figueiredo sublinhou que quem não acompanhar o partido na aprovação da moção será "cúmplice".

A Iniciativa Liberal (IL) anunciou, esta quinta-feira, que vai apresentar uma moção de censura ao Governo de António Costa. Segundo João Cotrim de Figueiredo, “este estado de coisas não pode continuar”, logo o Governo “não pode continuar”.

“Não o fizemos no passado como outros partidos, não andamos a gastar cartuchos, é agora que esta moção de censura faz sentido porque o país não aguenta mais esta trajetória em que tem estado a ser colocada pelo Governo de António Costa”, referiu João Cotrim de Figueiredo esta quinta-feira, em declarações transmitidas pela RTP3, em reação à demissão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

O deputado da IL sublinhou que quem não acompanhar o partido na aprovação desta moção de censura será “cúmplice” desta situação. “Sabemos que o Partido Socialista (PS) tem maioria absoluta portanto, à partida, é uma moção de censura que tem mais hipóteses de não passar do que passar”, referiu.

Ainda assim, Cotrim de Figueiredo acredita que há suficiente sentido de responsabilidade e sentido crítico, “mesmo dentro do PS”, para que a moção de censura seja aprovada. O deputado sublinhou ainda que muitos dos deputados do partido de Costa “têm a capacidade de reconhecer que nada do que está acontecer nos nove meses de mandato era aquilo que esperavam“.

Com a moção de censura, o deputado pretende mostrar aos portugueses que “há alternativa” e que uma mudança de Governo será “benéfica” para Portugal.

“Pode ser que, se tivermos mudança do Governo nos meses mais próximos, que se repita a história e que seja outros partidos a resolver as trapalhadas e as asneiras do PS. Mas antes outros partidos, como nós, a ter esse problema do que ser os portugueses a pagar o custo da incompetência e da irresponsabilidade do PS“, disse.

Sobre a imagem que os portugueses vão ficar do Governo de Costa, o deputado da IL defende que foi desperdiçado “capital capital político” e que o primeiro-ministro preferiu “montar um Governo para não ter problemas de sucessão no partido e agora vai acabar por tê-los.

João Cotrim de Figueiredo criticou o atual Governo, salientando que a economia não está a “crescer” aquilo que podia. “Mesmo o brilharete orçamental, que eu sei que o primeiro-ministro se preparava para fazer no final deste ano provavelmente para disfarçar dos problemas que tem tido, se for conseguido é à custa dos impostos absolutamente extraordinários pago pelos portugueses”, acrescentou.

Segundo o deputado, durante nove meses, o Governo mostrou uma “arrogância crescente” numa maioria absoluta que se acha “dona do poder absoluto” e marcado por um “clima generalizado de incompetência e irresponsabilidade no país”.

“Tudo isto porque o Governo foi constituído desde o início, não tanto para tratar dos problemas que interessam aos portugueses e de interesse público, mas foi constituído sobretudo para aplacar as lutas internas dentro do próprio partido socialista”, salientou.

(Notícia atualizada às 10h58)

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