“Sucessivas mudanças políticas são negativas” e “empresas precisam de estabilidade”, diz CCP
"Cada vez que há mudanças [políticas], temos de começar tudo de novo e a discutir dossiers que já estão meio discutidos", disse João Vieira Lopes.
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) lamenta as “sucessivas mudanças políticas” que têm acontecido nos últimos tempos no Governo, afirmando que isso prejudica as empresas, sobretudo numa altura em que estas precisam de “estabilidade”.
“A atual situação e as sucessivas mudanças políticas são negativas, já que as empresas precisam de estabilidade e previsibilidade”, disse João Vieira Lopes esta quinta-feira, aos jornalistas, à saída de uma reunião com o Presidente da República. “Cada vez que há mudanças [políticas], temos de começar tudo de novo e a discutir dossiers que já estão meios discutidos“, explicou.
Estas declarações surgem depois da mais recente demissão no Governo. Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, e o seu secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, demitiram-se na noite desta quarta-feira na sequência da polémica em torno da indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis, ex-secretária de Estado do Tesouro, quando esta saiu da TAP.
Na reunião com Marcelo, o presidente da CCP manifestou ainda preocupação com as medidas previstas no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), bem como com aquelas que têm sido adotadas nos últimos dias pelo Governo. “Estamos preocupados com 2023. Ainda mais porque as medidas do OE e as que o Governo tem tomado são claramente insuficientes“, disse.
Além disso, João Vieira Lopes mostra-se “preocupado” com a “lentidão com que os fundos europeus estão a entrar na economia e nas empresas”, nomeadamente nas empresas do setor do comércio e serviços, que “está bastante marginalizado”.
O presidente da CCP disse ainda ter a “sensação” de que “muitos serviços públicos não têm quadros qualificados suficientes” e que “isso é bastante negativo tendo em conta a necessidade de Portugal de dar um impulso à economia”.
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