“Maioria absoluta não está a dar resposta aos problemas e necessidades dos trabalhadores”, critica CGTP

A secretária-geral da CGTP defende que a maioria absoluta “não está a dar resposta aos problemas e necessidades dos trabalhadores”, apelando a uma “mudança de rumo” perante a “situação de injustiças e aumento da pobreza”. Reitera ainda que tem existido “falta de rigor em alguns comportamentos” de governantes, numa referência ao caso de Alexandra Reis.

“O que verificamos é que esta maioria absoluta não está a dar resposta aos problemas e necessidades dos trabalhadores e há alguma falta de rigor nalguns comportamentos que têm consequências a nível do Governo”, diz Isabel Camarinha, à saída da reunião com o Presidente da República antes da promulgação do Orçamento do Estado para 2023.

A sindicalista recorda ainda que “a CGTP desde sempre considerou que maiorias absolutas não beneficiam a situação dos trabalhadores e a situação da população no geral no país”.

Apesar desta crítica, a dirigente sindical defende que a “questão de fundo não é que mude ministro ou secretário de Estado, é qual é a opção que o Governo faz relativamente à situação que estamos a viver”. O foco deve estar na resposta, diz, e não em “continuar com paliativos, que naturalmente são bens recebidos pelas pessoas, mas que não resolvem o problema em termos estruturais”.

Isabel Camarinha aponta ainda o dedo à “permissividade relativamente à especulação de grandes grupos”, salientando que “já estão anunciados um conjunto de aumentos de bens e produtos essenciais, de alimentação”.