Administração da Sonaecom diz que OPA da Sonae “merece ser tida em consideração”
Sonae lançou OPA à Sonaecom para retirar a empresa da bolsa. Conselho de Administração considera que proposta para pagar 2,5 euros por ação "é suscetível de ser aceite pelos acionistas".
O Conselho de Administração da Sonaecom já se pronunciou sobre a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonae, que tenciona tirar a empresa da bolsa. No relatório divulgado na quarta-feira, lê-se que “a oferta é oportuna” e as “condições adequadas”. Nesse sentido, a proposta “é suscetível de ser aceite pelos acionistas”.
“É entendimento do Conselho de Administração que (…) a oferta é oportuna e as suas condições são adequadas e, atendendo à informação existente sobre a Sonaecom e no comportamento histórico das suas ações no mercado regulamentado, a contrapartida da oferta merece ser tida em consideração e é suscetível de ser aceite pelos acionistas”, refere o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O Conselho de Administração considera ainda que o objetivo desta OPA é “manter o plano estratégico existente, não se prevendo impactos materiais da situação atual dos trabalhadores, clientes e fornecedores”.
A concretizar-se efetivamente, o Conselho de Administração recomenda aos acionistas da Sonaecom que façam uma “avaliação da contrapartida e consequente decisão quanto à aceitação ou não”.
No caso de a OPA permitir ultrapassar uma participação de 90% dos direitos de voto, a Sonae “recorrerá ao mecanismo de aquisição potestativa, resultando na exclusão da negociação das ações em mercado”.
A 21 de dezembro, a Sonae comunicou ao mercado a intenção de retirar a Sonaecom da bolsa nacional através de uma OPA, com um valor de 2,5 euros por ação sobre 11,6% do capital que a Sonae não controla. Caso esta operação seja confirmada pela CMVM e depois aceite pelos acionistas, a Sonae terá de desembolsar cerca de 90 milhões de euros para passar a controlar a totalidade do capital da Sonaecom.
O anúncio desta OPA surgiu no mesmo dia em que a CMVM suspendeu as ações da Sonaecom, numa altura em que os títulos subiam 3,5% e o volume de negociação situava-se bem acima dos valores médios registados nas últimas sessões.
A família Azevedo detinha 88,36% do capital da Sonaecom, através da Sonae SGPS e da sociedade holandesa Sontel, mas a 23 de dezembro de 2022 foi feito um reforço de capital, passando a deter 90,081%. A estrutura acionista da Sonaecom conta ainda com os norte-americanos da Discerene como acionista qualificado, que desde 19 de julho de 2019 detêm mais de 2% do capital da empresa.
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