Demissão de Carla Alves evidencia “incapacidade política” de ministra, critica CAP

  • Lusa
  • 5 Janeiro 2023

A Confederação dos Agricultores de Portugal pede que seja apurado se a ministra Maria do Céu Antunes sabia das “circunstâncias graves” que levaram à demissão de Carla Alves.

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu esta quinta-feira que a demissão da secretária de Estado da Agricultura evidencia a “incapacidade política” da ministra da Agricultura e questiona se Maria do Céu Antunes tinha conhecimento do caso.

Este é mais um episódio que evidencia a absoluta incapacidade política da ministra da Agricultura, [Maria do Céu Antunes], e que revela uma gritante ausência de capacidade de gestão para desempenhar adequadamente as suas funções”, afirmou o secretário-geral da CAP, Luís Mira, em resposta à Lusa.

A secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, apresentou esta quinta a sua demissão por entender não dispor de “condições políticas e pessoais” para iniciar funções, um dia após a tomada de posse. A CAP pede que seja apurado se a ministra sabia das “circunstâncias graves” que levaram à demissão de Carla Alves.

“O que se espera no rescaldo desta lamentável situação é que haja, primeiro, uma responsabilização política inequívoca e que dela se retirem as devidas consequências”, vincou. Luís Mira pediu ainda respeito pelos agricultores e que “rapidamente, com novos protagonistas, seja possível encontrar-se rumo para as políticas que o setor precisa e que o país exige”.

O Correio da Manhã noticiou esta quinta que a nova secretária de Estado da Agricultura tem várias contas bancárias arrestadas, no âmbito de uma investigação que envolve o seu marido e antigo presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira. De acordo com jornal, entre 2013 e 2020, o casal declarou rendimentos inferiores aos montantes que tinha no banco, uma discrepância que foi constatada após ter sido levantado o segredo bancário.

O Ministério Público mandou arrestar bens do antigo autarca, num processo que envolve mais de 4,7 milhões de euros. Em causa estão vários negócios celebrados entre 2006 e 2015, que envolvem também uma sociedade, um empresário e o reitor do antigo seminário deste concelho do distrito de Bragança.

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