Preços dos alimentos atingem níveis recorde em 2022
Os preços dos alimentos permanecem altos, com muitos produtos perto dos valores recorde e havendo ainda muitos riscos associados a futuros abastecimentos, alerta a FAO.
Os preços mundiais dos produtos alimentares atingiram no ano de 2022 os níveis mais altos de sempre, com a guerra na Ucrânia, afirmou esta sexta-feira a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Mas, em dezembro, o índice de preços alimentares da FAO, que segue a variação de preços a nível internacional de um cabaz de produtos básicos, continuou em queda pelo nono mês consecutivo, recuando 1,9%, baixando para um nível inferior ao de há um ano. Em março, os preços mundiais de produtos alimentares atingiram os “níveis mais altos de sempre”, segundo a FAO, com a invasão russa da Ucrânia a perturbar os mercados, elevando o risco de crise alimentar mundial.
“Os preços mundiais do trigo e do milho atingiram máximos recordes durante o ano”, disse a agência da ONU, sendo a Ucrânia um grande produtor de cereais, mas também de óleo de girassol.
Os preços no índice da FAO de óleos vegetais também aumentaram e os da carne e de produtos derivados do leite também atingiram “os níveis anuais mais altos desde 1990”. Os preços dos produtos alimentares voltaram, no entanto, a descer em abril, o que se mantém há nove meses consecutivos.
“É bom que os preços dos alimentos estejam a acalmar após dois anos muito voláteis”, disse Máximo Torero, economista-chefe da FAO, em comunicado, acrescentando que é fundamental “continuar vigilante e atenuar a insegurança alimentar mundial“.
“Os preços globais dos alimentos permanecem em níveis altos, com muitos produtos ainda perto dos valores recorde, com os preços do arroz em alta e havendo ainda muitos riscos associados a futuros abastecimentos”, assinalou.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Preços dos alimentos atingem níveis recorde em 2022
{{ noCommentsLabel }}