“Não sou favorável a uma Efacec boa e uma Efacec má”, diz Costa Silva. Governo procura solução que salve perímetro da empresa

Costa Silva compara a Efacec ao filósofo romano Séneca e lamenta o facto de a empresa não ter estratégia. O ministro considera que o Estado é um mau acionista.

O Governo está a procurar uma solução que salve o perímetro da Efacec, anunciou o ministro da Economia esta terça-feira no Parlamento. “Não sou favorável a uma Efacec boa e uma Efacec má”, disse António Costa Silva, dando assim indicação de que não se pretende privilegiar candidatos que façam ofertas que partam a empresa que tem dois mil trabalhadores.

“Se encontrarmos uma solução para salvaguardar o perímetro da empresa será muito benéfico para o futuro”, disse o ministro da Economia na Comissão de Economia e Obras Públicas. “Não sou favorável a esses modelos de Efacec boa e Efacec má. O que estamos a tentar assegurar é que os vários interessados se exprimam relativamente à globalidade da Efacec”.

“Caso as negociações sejam conduzidas com sucesso, se houver interesses coincidentes, muito bem. Se houver interesses divergentes, por áreas diferentes da empresa, que se construa uma estrutura acionista que seja viável e que permita salvaguardar o perímetro de funcionamento da empresa”, disse Costa Silva.

O ministro da Economia sublinhou o facto de a empresa ter várias valências reconhecidas no mercado como ao nível dos transformadores a energia, da mobilidade e inclusivamente na armazenagem de energia, que é uma das fileiras de futuro, mas “tem tido muitas dificuldades ao nível da estratégia da empresa.

“Para caracterizar esta empresa não há nada melhor do que a imagem do filósofo romano Séneca, quando dizia que para um navio que está perdido em alto mar, sem saber a direção do porto a que tem de se dirigir, todos os ventos são desfavoráveis. É o caso da Efacec, cujo problema é de estratégia e de não ter um acionista claro“, exemplificou Costa Silva, sublinhando que, na sua opinião, a empresa deve ser reprivatizada porque “os Estados não são bons acionistas”.

Costa Silva reiterou que existem sete empresas interessadas – quatro nacionais e três estrangeiras – e mostrou-se confiante de que será possível encontrar uma solução, porque algumas das empresas interessadas, como é o caso da britânica, é uma das que “faz a aquisição de muitas das valências tecnológicas mais avançadas da Efacec, como os transformadores”. Em causa estará a Enoda, segundo os nomes já avançados pela imprensa.

“Face ao que a empresa significa, o que estamos a tentar encontrar é uma saída” e não a passar a mensagem que as empresas grandes, quer estejam bem ou mal geridas, estão salvaguardadas da falência, fez questão de sublinhar o responsável. Deixando uma mensagem de esperança: “Vamos levar isto a bom porto a bem da equipa de trabalho e da empresa.

(Notícia atualizada com mais informação)

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