Presidente do Eurogrupo debaixo de fogo por donativos eleitorais
Paschal Donohoe voltou a ter de pedir desculpa por não ter registado corretamente os donativos nas últimas eleições. Sinn Féin pondera avançar com moção de censura.
A polémica sobre os donativos eleitorais para Paschal Donohoe, atual presidente do Eurogrupo e ministro das Despesas Públicas da República da Irlanda, ainda não está resolvida, com novos elementos a surgirem. Após ser conhecido que não declarou donativos de um empresário, o responsável admitiu que os donativos de empresas que recebeu violaram os limites legais da Irlanda.
Foi o segundo pedido de desculpas ao Parlamento irlandês no espaço de uma semana, por manipular as declarações de despesas para as campanhas eleitorais irlandesas em 2016 e – segundo a nova admissão – também em 2020, como noticia o Politico (acesso livre, conteúdo em inglês).
Em causa nesta nova polémica está a identificação de uma parte das doações não declaradas de um amigo de negócios, que deveria ter sido registada como proveniente de um doador corporativo não registado, que têm um limite de apenas 200 euros, ao contrário do limite de doações pessoais de 1.000 euros. Isto já que o doador, o ex-chefe da Federação da Indústria da Construção, confirmou que tinha pago a alguns dos seus próprios trabalhadores para erguer cartazes de campanha para Donohoe antes das duas eleições.
A posição de Donohoe fica assim fragilizada, sendo que o partido Sinn Féin sinalizou que está a avaliar se deve avançar com uma moção de censura. Se o atual presidente do Eurogrupo perdesse nessa moção, seriam desencadeadas eleições antecipadas, enquanto o governo espera completar o mandato de cinco anos até fevereiro de 2025.
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